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As lições da modelo Ashley Graham sobre autoestima na gravidez

A modelo Ashley Graham mostra marcas da gestação de gêmeos - Reprodução/Instagram
A modelo Ashley Graham mostra marcas da gestação de gêmeos Imagem: Reprodução/Instagram

De Universa

03/12/2021 15h18

A modelo Ashley Graham postou uma foto em seu Instagram mostrando as marcas de estrias que apareceram na gestação dos filhos gêmeos, anunciada em julho deste ano. Como costuma fazer em suas redes sociais, não associou as mudanças no corpo a nenhum adjetivo negativo ou pejorativo, nem se mostrou preocupada com a questão estética. Pelo contrário, reverenciou as marcas da gravidez.

Na legenda, disse que o marido, o cineasta Justin Ervin, com quem é casada desde 2010, chamou as estrias de "árvore da vida", e exibiu o barrigão toda orgulhosa. Eles já são pais de Isaac, de quase dois anos.

Não é a primeira vez que Ashley fala sobre as mudanças no corpo da mulher ao gestar uma criança e sobre como é importante trabalhar a autoestima nesse momento. Ok, não é uma tarefa fácil, mas com seus posts ela pode nos inspirar a tentar.

Durante sua primeira gestação, em 2019, ela contou ter engordado 20 kg, mas sem se punir por isso. "Nunca me senti melhor e sou muito grata que meu corpo e meu filho tenham me permitido ser tão móvel e flexível como nunca. Entre exercícios, ioga, acupuntura e drenagens linfáticas —finalmente sinto que descobri tudo sobre gravidez e como me sentir melhor", afirmou.

Em março deste ano, ela falou sobre outra consequência da gravidez: queda de cabelo. A modelo postou uma foto com os cabelos ralos e com falhas, mas levou a situação com bom humor. "Posso não ser uma Bond girl, mas posso ser uma vilã de James Bond (cabelos de pós-parto na área!)", escreveu.

Focar na autoestima é benéfico também para o bebê, diz psicológa

De acordo com a psicóloga Vanessa Gebrim, especialista em psicologia clínica, é comum que mudanças no corpo impactem a parte emocional das gestantes. Mas, salienta que é importante para a mulher entenda que não deve ser sentir culpada por não se enquadrar em determinado padrão estético. "Ela pode até não gostar ou aceitar uma marca ou outra no seu corpo, mas o importante é aprender a valorizar a força que ela teve para trazer o seu bebê ao mundo", diz. "Se tiver dificuldade para passar por essa fase, é imprescindível buscar ajuda psicológica."

A especialista ainda ressalta que, quando a mãe cuida da própria autoestima, isso terá um efeito benéfico inclusive na relação com o filho. "A mulher que se sente bem consigo durante a gravidez terá capacidade de formar um vínculo com a criança melhor e mais seguro", explica.

"Uma elevada autoestima da mãe tem efeito protetivo para o desenvolvimento infantil e contribui para uma redução significativa da depressão durante a gravidez e no pós-parto. Ter esse autocuidado físico, mental e emocional faz com que a mulher consiga passar por essa fase de uma forma mais saudável e leve, se sentindo feliz consigo mesma."