A Fazenda 13: como Dynho e Sthe, há limite na amizade entre homem e mulher?
A amizade entre Dynho e Sthefane, no reality "A Fazenda", da Record, esteve entre os assuntos mais comentados do Twitter nesta terça-feira (16). Isso porque os dois, que entraram no programa estando em relacionamentos monogâmicos aqui fora e garantem ser apenas amigos, sem nenhum interesse sexual ou romântico, costumam trocar carinhos, como entrelaçar as mãos e afagar o rosto um do outro, e até já dormiram juntos.
Por causa da proximidade entre eles, fãs do programa chegaram a dizer que os dois estariam traindo seus respectivos companheiros —Sthefane é noiva e Dynho é casado com a cantora MC Mirella, que pediu o divórcio, mas ele ainda não sabe.
Afinal, existem limites em uma amizade entre um homem e uma mulher quando eles são comprometidos com outras pessoas? Como manter essa amizade sem ferir os sentimentos dos companheiros? Para responder, Universa conversou com a psicóloga especialista em relacionamentos Lais Sellmer.
Para Lais, este limite está "onde há respeito e concordância" entre as partes.
Ela afirma que a troca de carinhos entre dois amigos, sendo dois homens, duas mulheres ou um homem e uma mulher, como no reality, não necessariamente indica qualquer interesse.
Na nossa sociedade o afeto é visto com desconfiança. Contudo, o carinho entre um homem e uma mulher não significa necessariamente interesse para uma relação sexual.
"Na nossa cultura esse assunto ainda é um tabu e envolve muito machismo, porque é como se disséssemos que homens não podem sentir afeto sem ter interesse sexual."
Amor romântico X amizade
A pesquisadora de relacionamentos Carol Tikian, do canal Soltos, acredita que um outro fator que nos faz encarar com estranheza uma amizade como a que existe entre Dynho e Sthefane é o fato de colocarmos o amor romântico em um pedestal, como se fosse superior ao amor que existe dentro de uma amizade.
"Enxergamos o amor romântico como o grande amor que é o topo de todos os amores. Logo, se você tem uma relação de amor com alguém, você deveria querer ir para o próximo passo, depois para outro, como se isso fosse linear, e como se o amor de amizade fosse menor que o amor romântico. Isso tem a ver com colocar esse amor romântico no pedestal, como sendo uma evolução do amor. Mas não", fala.
Lais Sellmer afirma que somos moldados para manter o controle sobre tudo —o que inclui o parceiro ou parceira.
"Precisamos entender que quando o poder e o controle entram, o amor sai. O relacionamento deve ser pautado em confiança mútua e a comunicação do casal é essencial para uma relação saudável. É importante ter uma comunicação bem clara e transparente com o cônjuge, e se ambos estiverem de acordo não há problema", aconselha.
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