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Ginecologista suspeito de abusar de mais de 50 mulheres é preso novamente

Ginecologista acusado de abuso por 53 vítimas é solto em Goiás - Divulgação/Polícia Civil GO
Ginecologista acusado de abuso por 53 vítimas é solto em Goiás Imagem: Divulgação/Polícia Civil GO

Heloísa Barrense

De Universa, em São Paulo

08/10/2021 14h33Atualizada em 08/10/2021 14h35

O ginecologista, Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, foi preso novamente após mais denúncias em Abadiânia, no interior de Goiás, a cerca de 36 km de Anápolis, onde surgiram as primeiras denúncias. Ele é investigado por abusar sexualmente de várias pacientes e tinha sido solto na terça-feira (5), após decisão da Justiça.

Segundo a delegada de polícia, Isabella Joy, as mulheres que o denunciaram já somam 57, considerando as novas denúncias no município vizinho. "Ele cometeu crimes de violação sexual mediante fraude também na cidade de Abadiânia e duas vítimas vieram até Anápolis e registraram a ocorrência", informou a delegada a Universa.

Como o crime foi cometido em outro município, a competência para investigar e julgar é de Abadiânia e, portanto, as vítimas tiveram que reportar a denúncia à polícia da cidade. Ainda de acordo com a delegada, outras duas mulheres apareceram em seguida com novos relatos. Desta forma, a polícia representou por uma nova prisão preventiva.

Nicodemos foi preso pela primeira vez no dia 29 de setembro após a denúncia de três vítimas. No entanto, novos relatos apareceram, somando 53 apenas em Anápolis. Ele teve a prisão preventiva revogada porque, segundo o representante do ginecologista, o juiz havia entendido que o médico não iria "atrapalhar as investigações" e nem "fugir do distrito da culpa". Ele deveria cumprir algumas medidas cautelares, como ficar afastado do consultório, uso de monitoramento eletrônico e comparecimento mensal em juízo.

Na segunda-feira (4), Nicodemos sofreu uma interdição cautelar por parte Cremego (Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás) e foi impedido temporariamente de exercer a medicina em todo o País. Agora, ele só pode voltar atuar após conclusão de um processo ético-profissional.

Universa entrou em contato novamente com o advogado de Nicodemos para saber se a defesa possui um posicionamento sobre o novo episódio. No entanto, até a publicação desta reportagem, não obteve retorno. O espaço segue aberto para atualização, tão logo obtenhamos retorno ou esclarecimentos.