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Polícia de SC ainda não sabe o que motivou assassinato de garota de 14 anos

Ana Kemilli foi encontrada sem vida e amarrada em árvore em Campo Belo do Sul - Arquivo Pessoal
Ana Kemilli foi encontrada sem vida e amarrada em árvore em Campo Belo do Sul Imagem: Arquivo Pessoal

Hygino Vasconcellos

Colaboração para Universa, em Chapecó (SC)

18/02/2021 12h08Atualizada em 18/02/2021 15h14

O adolescente de 15 anos que confessou participação na morte de Ana Kemilli, 14, tem apresentado informações desencontradas à polícia e não dá detalhes do crime, segundo o delegado Thiago Gomes, responsável pela investigação. Ele se apresentou na delegacia no mesmo dia em que o corpo foi localizado no interior de Campo Belo do Sul (SC) e foi internado na última sexta-feira. Conforme a Polícia Civil, o adolescente não tem advogado constituído.

Não se sabe a motivação do crime. "Ele não diz, está procurando dificultar as investigações. A Polícia Civil não acredita completamente em suas informações, mas não temos dúvida de sua participação."

Ontem, a Polícia Civil concluiu o ato infracional do adolescente, como são chamadas investigações envolvendo menores de idade. Segundo Gomes, foram encontrados "indícios ao ato infracional análogo" a homicídio.

"O menor de idade não tinha nenhum relacionamento íntimo com a adolescente", complementa o delegado, fazendo referência à possibilidade levantada inicialmente de feminicídio. O procedimento foi encaminhado ao Judiciário e, na sequência, será encaminhado para o Ministério Público.

Além da apuração envolvendo o adolescente, ainda corre na delegacia inquérito que apura o envolvimento de outras pessoas no crime e causas da morte da garota. Não há prazo para conclusão da investigação.

Relembre o caso

Ana Kemilli estava desaparecida desde 8 de fevereiro e o corpo dela foi encontrado três dias depois preso a uma árvore na mata.

A mãe da menina, Keli Taques, disse para Universa que, no momento da liberação do corpo, o perito já havia adiantado à família que a adolescente morreu por asfixia mecânica decorrente de estrangulamento. A causa da morte acabou sendo confirmada pelo Ministério Público dias depois.

Após a liberação do corpo, moradores da cidade fizeram um protesto e carregaram cartazes pedindo justiça, a pé e de carro, debaixo de chuva.

Nas redes sociais, a mãe da garota disse que estava "em pedaços" pela perda e que não se conformava com a morte. Para Universa, Keli contou que até o último minuto acreditava que a filha estava viva.