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Lutador filmado agredindo a ex-mulher no interior de Goiás é preso

Ed Rodrigues

Colaboração para Universa, no Recife

02/02/2021 15h09

O lutador e professor de muay thai flagrado por câmera de segurança agredindo a ex-mulher foi preso hoje em Goiás. Fernando Cardoso da Silva, 44 anos, não aceitava o fim do casamento de seis anos com a vítima e partiu para agressão ao encontrá-la no último dia 10 de janeiro com o novo namorado.

O lutador foi indiciado no dia 15 de janeiro. Ele responderá por lesão corporal, injúria e ameaça. Ontem, a Justiça de Goiás acatou o pedido da ex-esposa e expediu a prisão preventiva do suspeito.

A defesa do lutador informou que recorrerá da decisão. De acordo com o advogado Tiago Cruvinel, o professor tem bons antecedentes. "Fernando é primário e tem residência fixa. Mesmo diante de tais esclarecimentos, a autoridade policial pediu sua prisão", disse.

O defensor garantiu que todos os fatos serão esclarecidos ao longo do processo e que tentará que ele fique em liberdade enquanto não chega o julgamento.

"A defesa busca a revogação da prisão preventiva do acusado, busca suscitar todos predicados legais para responder o processo em liberdade", ressaltou.

Para a vítima, a justiça foi feita. "Ele merece pagar pelo que fez. Estou aliviada. Acho injusto uma pessoa cometer um crime e não pagar. Esses dias, fiquei muito triste em ver que ele estava frequentando a igreja normalmente", disse Milana Mirelly Silva a Universa.

Entenda o caso

Milana agredida - Acervo pessoal - Acervo pessoal
Milana Mirelly Silva foi agredida por Fernando Cardoso da Silva na cidade de Morrinhos (GO)
Imagem: Acervo pessoal

No dia 10 de janeiro, Milana Mirelly foi até um bar com amigos e o namorado. No local, ela encontrou com o agressor, seu ex-marido.

Fernando se aproximou e iniciou uma discussão. "Ele disse que eu tinha muita coragem de estar ali. Eu pedi que ele se retirasse da mesa. Então, ele já partiu para cima do meu namorado."

Milana também foi agredida com socos e teve uma fratura facial. O que o lutador não esperava é que toda a violência fosse registrada por um circuito de segurança do estabelecimento.