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#LeiaMulheres: 6 livros de autoras lançados este ano para você ler em 2021

Bernardine Evaristo, autora do livro Garota, Mulher, Outras - Jennie Scott/Divulgação
Bernardine Evaristo, autora do livro Garota, Mulher, Outras Imagem: Jennie Scott/Divulgação

Júlia Flores

De Universa

31/12/2020 04h00

Quantos livros escritos por mulheres você leu em 2020? Se você demorou para responder a essa pergunta ou se a resposta foi "Nenhum", que tal mudar essa realidade no próximo ano?

Preparamos uma lista de obras escritas por autoras e lançadas no Brasil neste ano que vai chegando ao fim. Para você adicionar já na sua estante. Confira:

Garota, mulher, outras - Bernardine Evaristo

Ganhador do Booker Prize em 2019, mas lançado este ano por aqui pela editora Companhia das Letras, este espetacular romance da autora britânica de origem nigeriana Bernardine Evaristo tem como pano de fundo a votação do Brexit e uma Londres dividida e hostil com os imigrantes. A história é dividida em cinco partes, com 11 mulheres e uma personagem não-binária, que se encontram em um momento decisivo. A mais nova Yazz, tem 19 anos, e a mais velha, Hattie, 93. Todas são de origens diversas, envolvidas em tramas complexas que falam de racismo e feminismo. Um romance que é a cara dos nossos tempos.

A vida mentirosa dos adultos - Elena Ferrante

A Vida Mentirosa dos Adultos, de Elena Ferrante - Reprodução - Reprodução
A Vida Mentirosa dos Adultos
Imagem: Reprodução

O mais recente livro da escritora italiana Elena Ferrante teve seu lançamento adiado para setembro de 2020 por causa da pandemia, o que mexeu com a emoção de muita gente. Não é para menos, Ferrante é um dos principais nomes da literatura mundial e coleciona uma legião de fãs por causa da Tetralogia Napolitana, série de livros que vendeu mais de 12 milhões de exemplares em todo o mundo e deu origem à série da HBO, "A Amiga Genial". Em "A vida mentirosa dos adultos", a autora conta a história e as descobertas de Giovanna, uma jovem de classe média, filha de intelectuais, que vive em Nápoles, no período de seus 12 a 16 anos, que vê sua vida mudar quando conhece uma tia distante, que tem um estilo de vida bem diferente do seu.

Pagu, autobiografia precoce - Patrícia Galvão

"Pagu", livro de Patrícia Galvão - Divulgação - Divulgação
"Pagu", livro de Patrícia Galvão
Imagem: Divulgação

Este livro foi escrito em 1940, depois de uma das 23 vezes em que a escritora, poetisa e militante política Patrícia Gavão, a Pagu, deixou a prisão. Esta edição, porém, acabou de ser lançada e fala sobre a vida pessoal, política e amorosa de uma das figuras femininas mais poderosas do Brasil. Em "Autobiografia precoce", Pagu conta, direto para o público, detalhes de sua jornada no Partido Comunista - inclusive sua desilusão com ele - de seu casamento com Oswald de Andrade e outros assuntos.

Nós, mulheres - Rosa Montero

"Nós, mulheres", obra de Rosa Montero  - Divulgação - Divulgação
"Nós, mulheres", obra de Rosa Montero
Imagem: Divulgação

"Uma revigorante viagem pela história das mulheres que marcaram o mundo" é assim que o livro se define. A obra da escritora espanhola Rosa Montero navega pela antologia de grandes personagens femininas, de Simone Beuavoir até nomes não tão conhecidos assim, como Mary Anning, primeira paleontóloga da história. Um bom jeito de conhecer melhor o trabalho - e o legado de mulheres - que precederam nossos caminhos.

De quem é essa história? - Rebecca Solnit

"De quem é essa história?", de Rebecca Solnit - Divulgação - Divulgação
"De quem é essa história?", de Rebecca Solnit
Imagem: Divulgação

Como o próprio nome sugere, a mais nova obra de Rebecca Solnit discute quem cria e compõe as narrativas da atualidade. O livro reúne 20 contos da jornalista americana, autora de "Os homens explicam tudo para mim", e aborda a disputa de mulheres, pessoas não brancas, não binárias e não heterossexuais pela quebra do status quo enquanto pessoas brancas - sobretudo homens - se opões a essa mudança de paradigma. Rebecca é uma das feministas mais importantes da contemporaneidade e vale a pena ser lida.

Primeiro eu tive que morrer - Lorena Portela

"Primeiro eu tive que morrer", de Lorena Portela - Divulgação - Divulgação
"Primeiro eu tive que morrer", de Lorena Portela
Imagem: Divulgação

O ambiente do livro de estreia da jornalista cearense Lorena Portela se passa em Jericoacoara, praia do nordeste brasileiro. O romance conta a história de uma personagem que, ao mesmo tempo em que se apaixona, descobre uma doença grave. Com narrativa leve, mas enredo complexo, a obra explora como as mulheres podem passar por muitas mortes ao longo de suas vidas. O mais legal é que a responsável pela comercialização do livro é a própria Lorena. Ainda assim, a primeira leva de impressões da peça já se esgotou e está popular nas redes sociais.