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Cores no home office podem ajudar a ter foco e tirar o estresse: aprenda

Home office pode ter um "up" com cores na parede ou em detalhes da mesa - Getty Images
Home office pode ter um "up" com cores na parede ou em detalhes da mesa Imagem: Getty Images

Claudia Dias

Colaboração para Universa

19/11/2020 04h00

O cantinho do trabalho ou home office não precisa ser sem graça. Ao contrário, pode receber cores para se tornar um espaço muito mais agradável. Mas nem todas as tonalidades são indicadas para a área, sabia? É que, enquanto algumas têm a capacidade de ativar todo o potencial de quem atua ali, outras podem levar a um estresse desnecessário, entre outras consequências não tão bem-vindas.

Que cor usar na mesa do home office?

Como explica Elias Luiz Bispo IV, psicoterapeuta e terapeuta holístico, paranormal e pesquisador metafísico, existe uma conexão perfeita entre cores e nossas atitudes e desempenho.

"É só perceber como a natureza nos traz tranquilidade e recarga física e emocional e observar a alegria que uma praia ensolarada proporciona e, ao contrário, as sensações que sentimos diante de um dia nublado e escuro", exemplifica.

De acordo com ele, os tons variados exercem influência nas emoções e, consequentemente, na capacidade de criação e dinamismo. "Para utilizarmos as cores em nosso home office da melhor maneira, é importante conhecermos como elas atuam em nossa psique", pontua Elias.

Cores quentes e frias

De maneira geral, vale saber que as cores quentes - vermelho, laranja e amarelo - são energizantes. Numa proporção adequada, trazem sensação de conforto e aconchego. Mas em excesso, tendem a provocar inquietação, insônia, ansiedade e até despertar brigas.

Já as cores frias - verde, azul e lilás ou roxo - são calmantes e levam à interiorização e à concentração. "Por fim, as tonalidades neutras, como o bege, o marrom, o cinza e, também, o preto, são excelentes para usar em detalhes, equilibrando os ambientes", acrescenta Elias.

O significado das cores

Quer renovar a área de trabalho da casa? Saiba os prós e contras de cada tonalidade.

  • Vermelho

Associado à ação e às atitudes impulsivas, vermelho pode ser bem útil para trabalhos que pedem criação artística e agilidade. "Essa cor ativa a memória e a área da criatividade", comenta o especialista Elias Luiz Bispo IV.

Em contrapartida, seu excesso provoca sentimentos de posse e irritabilidade. Também leva à insônia e é capaz de despertar discussões, o que não é nada bom no ambiente de trabalho. Por isso, é melhor adotar o vermelho de forma discreta, apenas na decoração ou em móveis pequenos.

  • Laranja

Também classificada como cor quente, é uma tonalidade de bastante destaque e empatia, sendo excelente para quem enfrenta reuniões atrás de reuniões. Contudo, é melhor que o laranja seja adotado aqui ou ali, para não causar estresse e outras consequências comuns às cores de mesmo padrão. "Em excesso, ainda leva à perda do foco", avisa o terapeuta.

  • Amarelo

Tal tonalidade é capaz de energizar qualquer ambiente e estimular a mente, promovendo agilidade e aumentando a produtividade. Mas é outra que não deve ser exagerada no espaço, pois seu poder de estimular é igualmente intenso, podendo despertar as características negativas geradas pelas tonalidades quentes.

  • Verde

Trata-se de uma excelente cor para o ambiente de trabalho. Ligada à natureza, traz calmaria e concentração para a pessoa que frequenta o home office.

Justamente por ser uma tonalidade tranquilizante e de efeito terapêutico, o verde costuma ser adotado por profissionais da área de saúde ou consultórios médico. "É uma cor que beneficia o home office e a saúde como um todo", assegura Elias. Por isso, vale usar e abusar dos tons esverdeados em todo o espaço.

  • Azul

Ao lado do verde, o azul é outra cor muito bem-vinda no canto do trabalho, por proporcionar foco e tranquilidade e levar à concentração. Ainda ajuda no desenvolvimento de novas tecnologias.

"A cor auxilia na resolução de conflitos e, por isso, é excelente para executivos, advogados, professores, psicólogos, terapeutas e todos os profissionais que trabalham na área humana", comenta Elias sobre esta cor fria, que não apresenta influência negativa no home office.

  • Roxo ou lilás

Tal frequência de cor está ligada à transmutação, ou seja, é indicada para profissionais que lidam com problemas difíceis e precisam de tranquilidade e percepção aguçada. Terapeutas, psicólogos, pessoal de marketing, escritores e religiosos, entre outros, são beneficiados tanto pelo roxo quanto o lilás.

Entretanto, ambas as tonalidades não devem ser utilizadas em grande volume, pois têm a faculdade de provocar a interiorização profunda, o que faz a pessoa perder o foco inicial. Vale apostar apenas na coloração de parte ou, no máximo, uma parede inteira, mas melhor aplicar em detalhes ou objetos decorativos.

  • Marrom

O marrom é uma tonalidade que traz segurança e conforto e, consequentemente, proporciona a sensação de aconchego. Por outro lado, em grande quantidade, a cor tida como neutra pode provocar procrastinação desnecessária.

  • Preto

Este é um tom que, quando usado com parcimônia, faz com que a pessoa se recolha na medida certa, conseguindo focar nas tarefas cotidianas. Por outro lado, se em excesso, transforma esse recolhimento e a interiorização em algo negativo, pois cria esgotamento físico e mental. "Não recomendo o preto em móveis e paredes. Seu uso deve ser limitado a detalhes", opina Elias.

  • Cinza

O cinza é uma cor neutra e, por essa razão, não exerce grande influência no dia a dia. "Não tem o poder de estimular", afirma o terapeuta. Ou seja, tanto faz usá-la ou não no home office. Mas justamente por essa característica isenta, é uma boa alternativa na decoração, podendo ser adotada na composição com outras cores e metais.

  • Rosa

Como está na mesma vibração do roxo e do lilás, essa cor suave proporciona sentimentos amorosos e humanísticos. "É muito usada por quem está de bem com a vida e o mundo ou quem busca esse caminho", avalia Elias.

Graças às suas características, é indicada para pessoas que trabalham junto a ONGs ou, ainda, desenvolvem trabalhos criativos para a humanidade ou são cuidadores do lar, de pessoas e animais. Em excesso, provoca interiorização além do patamar adequado.

  • Branco

Por fim, o branco é uma cor que reflete a luz e, assim, é coringa na decoração. Mas sua presença exagerada gera apatia e quebra de contratos.

"É preciso utilizar complementos na decoração, com cores adequadas ao tipo de trabalho que se pretende desenvolver no ambiente", observa Elias. Quadros e objetos decorativos podem servir de canal criativo e harmonizar o espaço.