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Traição na pandemia: app registra 18,6 mil casos extraconjugais no Brasil

Ashley Madison é app para quem busca casos extraconjugais; empresa afirma ter 65 milhões de usuários globais cadastrados - ljubaphoto/Getty Images/iStockphoto
Ashley Madison é app para quem busca casos extraconjugais; empresa afirma ter 65 milhões de usuários globais cadastrados Imagem: ljubaphoto/Getty Images/iStockphoto

De Universa

01/11/2020 13h17

Em agosto, o aplicativo de relacionamentos extraconjugais Ashley Madison registrou o início de 18,6 mil novos casos entre brasileiros na plataforma. O aumento do número de pessoas que estão sob o mesmo teto do parceiro ou parceira por conta da pandemia, mas recorrem à internet para pular a cerca, já havia sido calculado pela empresa: em julho, foi divulgado que mais de 4 mil perfis de brasileiros tinham sido registrados no app desde que começaram as medidas de isolamento social, em março.

Os dados fazem parte da pesquisa "Amor além do isolamento", feita pela empresa com os usuários do app. Na divulgação, Ashley Madison explica que "o isolamento social não acabou com os casos; os amantes estão apenas adaptando seus métodos".

Traição na pandemia: o que diz estudo feito por app

Em nível global, o estudo aponta que ainda que a maioria dos contatinhos entre os amantes permaneça no mundo virtual, parte deles já está se encontrando para viverem o caso fora do relacionamento. Com os devidos cuidados:

  • 41% dos usuários afirmam que adotaram a medida de usar álcool gel constantemente;
  • 36% preferiram evitar multidões;
  • 11% foram seletivos com áreas externas;
  • 9% dos membros afirmaram que só se encontraram com a garantia de teste negativo para Covid-19.

Os resultados fazem parte do relatório baseado em seis entrevistas feitas com, em média, 2 mil usuários da plataforma.

Sexo na pandemia

Já nas respostas sobre transar com um amante durante a crise global da covid-19, o grupo de entrevistados se mostrou preocupado: 55% pretendem ter apenas um parceiro até que haja uma vacina e 43% preferem esperar mais tempo para ter relações sexuais. Vale dizer que esquema de "bolha sexual", indicada até por um instituto público de saúde de Holanda, não tem comprovação científica de que seja segura.

A falta de sexo com o parceiro (75% deles disseram que estão fazendo menos ou nenhum sexo com o cônjuge), no entanto, não deixa de ser uma questão para aqueles que estão enfrentando crises na relação a dois. Mas, o alerta permanece e talvez seja mais seguro seguir o hábito de 60% dos entrevistados, que afirmaram estarem "se masturbando com tanta ou mais frequência do que antes da quarentena" para manterem a satisfação sexual em dia.