Parada da Diversidade da Bahia compara isolamento social à solidão de LGBTs
A Parada da Diversidade da Bahia acontece há 19 anos em Salvador, mas terá em 2020 sua primeira edição virtual, por conta da pandemia de coronavírus, em 22 de novembro.
O evento terá modelo semelhante ao adotado na Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, a maior do mundo, que também aconteceu pela internet, em julho.
O Grupo Gay da Bahia, responsável pela organização do evento, publicou um vídeo retratando situações corriqueiras de LGBTfobia, das ruas à igreja e ao convívio com a família, comparando o isolamento social necessário por conta da pandemia de coronavírus, ao isolamento vivido por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.
"Isolamento social? Sim, sabemos muito bem o que é estar só", começa a narração. "Sabemos como é difícil evitar aglomerações, ter que usar máscaras todos os dias para sobreviver, ser tratado como doente, como alguém que precisa de uma cura, viver com medo, pensar duas vezes antes de sair de casa".
Em dois minutos, o vídeo mostra um homem evitando que o filho veja dois homens de mãos dadas, um travesti tirando a peruca e a maquiagem antes de entrar em casa, uma mulher trans sendo ameaçada no metrô e fiéis apontando e rezando para uma pessoa não binária na igreja.
"Se hoje não estaremos juntos nas ruas, é porque existe uma doença que isola, que ameaça e que mata. Mas se existe uma coisa que a nossa história de luta contra o preconceito nos ensinou, foi sobreviver. E nós vamos sobreviver", escreve o Grupo Gay da Bahia.
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