Topo

Polícia apreende 6º suspeito de envolvimento em estupro coletivo no Rio

Delegados falam sobre investigação de estupro coletivo no Cantagalo - Divulgação/Polícia Civil
Delegados falam sobre investigação de estupro coletivo no Cantagalo Imagem: Divulgação/Polícia Civil

Tatiana Campbell

Colaboração para o UOL, no Rio

14/10/2020 14h04

A Polícia Civil apreendeu, hoje pela manhã, mais uma pessoa acusada de envolvimento no estupro coletivo contra uma adolescente de 14 anos no Morro do Cantagalo, em Ipanema, na Zona Sul do Rio. De acordo com os agentes, o jovem, de 14 anos, foi localizado em uma casa em Itaguaí, na Região Metropolitana.

Segundo a polícia, o rapaz havia fugido da comunidade e estava na casa de familiares.

O delegado Felipe Santoro, titular da 13ª DP, responsável pelo caso, disse que a apreensão será levada à Justiça: "Ele foi apreendido em Itaguaí. Nós continuamos com as investigações e em breve [a apreensão] será remetida pra Justiça".

A reportagem do UOL também conversou com o delegado Antenor Lopes, diretor do Departamento-Geral de Polícia da capital. Segundo ele, o inquérito entrou na fase final e será apresentado ao Ministério Público:

"O rapaz apreendido hoje admitiu ter participado do estupro. Agora, o inquérito entra na fase final para encaminharmos ao Ministério Público para levar essas pessoas a julgamento. A polícia esta convencida de que tem prova suficientes de autoria e materialidade de que a menina foi vítima de estupro. Qualquer alegação deles, no sentido contrário, não procede, vai ser uma mera estratégia da defesa", disse o delegado ao UOL.

Na semana passada, outras cinco pessoas já haviam sido presas após uma negociação com o advogado deles. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos têm entre 14 e 19 anos e não tinham anotações criminais. Eles são moradores do Cantagalo, com exceção de um deles, que é considerado visitante frequente do local. Os cinco eram conhecidos da vítima.

O caso

O crime ocorreu no dia 26 de setembro, mas só foi registrado no início desse mês. A menina, junto com a família, informou em depoimento que acredita que algum tipo de substância foi colocada na bebida alcoólica dela durante uma festa, realizada na madrugada do dia 27 de setembro.

A vítima foi encontrada desacordada por vizinhos no dia seguinte em uma casa, com sinais de violência sexual, e foi levada ao Hospital Miguel Couto, no Leblon, onde ficou internada por três dias. Um laudo do Instituto Médico-Legal confirmou a violência sexual sofrida pela adolescente.

No momento da prisão, todos admitiram ter feito sexo com a jovem, mas alegaram que foi consensual. De acordo com a Polícia Civil, a família da adolescente deixou a comunidade por questões de segurança.