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Conheça Rayka Vieira, primeira trans a concorrer ao título de Miss Brasil

Rayka Vieira é a primeira mulher trans a participar do Miss Brasil Mundo - Reprodução / Instagram
Rayka Vieira é a primeira mulher trans a participar do Miss Brasil Mundo Imagem: Reprodução / Instagram

De Universa

13/09/2020 16h01

2021 será o primeiro ano em que uma mulher transexual irá participar do concurso Miss Brasil Mundo. A modelo Rayka Vieira, de 25 anos, é da cidade de Anápolis, em Goiás e atualmente leva o título de Miss Centro Goiano. A competição, prevista para acontecer no final de outubro, foi adiada para março do ano que vem, em decorrência da pandemia. Assim que a lista oficial das candidatas foi divulgada, Rayka se consagrou como pioneira, já que até o momento, em 60 edições, apenas mulheres cis haviam participado do concurso.

Pelas redes sociais, ela anunciou a novidade dizendo que se trata de um momento único em sua vida — e reforçando que acredita que sua participação pode encorar muitas jovens a não desistirem de seus sonhos. "Ser mulher, para mim, nunca foi uma questão de escolha. Nasci mulher tanto na alma quanto no coração", ela escreveu.

Desde que o anúncio foi feito, Rayka tem concedido diversas entrevistas e conta que ainda se sente nervosa sob os holofotes. Em live com o maquiador Diego Ferreira, ela confessou que a viagem para Alagoas, onde acontecerá o concurso, será a sua primeira de avião. Ela ainda disse que nunca foi à praia e, portanto, será sua oportunidade de conhecer o mar.

A modelo contou também que trabalha na área desde 2014, mas que precisou mudar o padrão dos treinos para participar do concurso: antes, caprichava na musculação e por isso tinha as pernas mais grossas. Agora, está focada nos exercícios aeróbicos e diminuiu o peso dos aparelhos. Ao ser questionada sobre cirurgias plásticas, Rayka contou que a única a qual se submeteu até o momento foi uma mamoplastia, para a colocação das próteses de silicone.

Em outras entrevistas, ela relembrou que iniciou a transição de gênero aos 15 anos, escondido da família — e não recomenda que outras pessoas sigam seu exemplo, por reconhecer que a ingestão dos hormônios sem acompanhamento médico oferece riscos a saúde. Ela contou também que já recebeu comentários maldosos nas redes sociais, mas se considera preparada para lidar com eles.