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Mariah de Moraes: 'A maior parte das mães casadas são mães solo'

Mariah de Moraes com o filho, João Pedro - Reprodução/Instagram/@mariahdemoraes
Mariah de Moraes com o filho, João Pedro Imagem: Reprodução/Instagram/@mariahdemoraes

Colaboração para o UOL, em São Paulo

25/08/2020 12h40Atualizada em 25/08/2020 13h23

Mariah de Moraes falou sobre seus desafios como mãe solo em uma postagem no Instagram. A atriz, que ganhou fama ao participar da novela infanto-juvenil "Floribella", afirmou que demorou para perceber que criava o filho sozinha e desabafou sobre a "falta de respiro" com a maternidade.

João Pedro, de 10 anos, é filho de Mariah com o ex-marido João Gevaerd, de quem ela se separou em 2012.

"Eu só fui descobrir que era mãe solo, quando meu filho tinha uns 7 anos. Nunca tinha parado pra pensar. Na verdade, sempre vivia tão sobrecarregada, que não tinha respiro para refletir sobre nada", escreveu Mariah na legenda da publicação, acompanhada de uma foto com o filho.

Mariah, que fez seu último trabalho como atriz na série "Reality Z", da Netflix, ainda falou "do privilégio" de saber que estava criando seu filho sozinha, afirmando que "não dá tempo" para muitas mães perceberem a situação.

"A maternidade me exigia presença. E presente eu fui. Ou eu dava conta ou as coisas desmoronavam. A estrutura que eu achava que tinha era frágil, mas eu não percebia, porque eu estava apenas fazendo o que tinha que ser feito. Pensar é privilégio. Mesmo. Escrever esse texto, pra mim, é um privilégio. Quando a gente está totalmente presente na vida, como mãe, não dá tempo. Quem já viveu isso sabe do que eu tô falando", detalhou a atriz.

Ela ainda opinou que "a maior parte das mães casadas são solo", deixando claro que seu status não tem a ver apenas com o divórcio do pai de seu filho.

"Mãe solo não tem a ver com estado civil. A maior parte de mães casadas são solos. Esse termo quer dizer que a mãe assume a maior parte das responsabilidades do filho sozinha, senão todas, sem uma divisão justa. Isso sobrecarrega e limita todas as escolhas dessa mulher", desabafou Mariah.

Eu só fui descobrir que era mãe solo, quando meu filho tinha uns 7 anos. Nunca tinha parado pra pensar. Na verdade, sempre vivia tão sobrecarregada, que não tinha respiro para refletir sobre nada. A maternidade me exigia presença. E presente eu fui. Ou eu dava conta ou as coisas desmoronavam. A estrutura que eu achava que tinha era frágil, mas eu não percebia, pq eu estava apenas fazendo o que tinha que ser feito. Pensar é privilégio. Mesmo. Escrever esse texto, pra mim, é um privilégio. Quando a gente tá totalmente presente na vida, como mãe, não dá tempo. Quem já viveu isso sabe do que eu tô falando. A forma que eu tinha pra resistir, era simplesmente vivendo minha vida. Minha existência era resistência, mesmo que eu não escrevesse uma palavra. Se hoje, posso escrever um texto sobre isso, é pq construí formas durante esses anos todos de respirar. Pensar. Refletir. Foi um trampo, mas eu consegui, pra dizer a todas que ocupam também esse lugar de maternidade solo a compreenderem que elas não estão sozinhas e quem sabe, ajudar uma que seja a construir essas estruturas pra que seja mais leve. Pra que seja mais perto do que você gostaria que fosse. Mãe solo não tem a ver com estado civil. A maior parte de mães casadas, são solos. Esse termo quer dizer que a mãe assume a maior parte das responsabilidades do filho sozinha, senão todas, sem uma divisão justa. Isso sobrecarrega e limita todas as escolhas dessa mulher. Amanhã faço uma LIVE com o advogado de família Marcelo Santoro, @marcelosantoroalmeida que eu respeito muito e vamos trocar ideia sobre a maternidade solo. Vejam e marquem aqui quem precisa saber. Será as 19h. O sistema já é foda, mas conhecimento é liberdade. Solo sim, desinformada, não. ???

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