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Caso sobre morte de mulher trans por militar dos EUA termina 6 anos depois

Fuzileiro naval dos EUA matou mulher trans nas Filipinas em 2014; caso acaba de ser encerrado - Getty Images/iStockphoto
Fuzileiro naval dos EUA matou mulher trans nas Filipinas em 2014; caso acaba de ser encerrado Imagem: Getty Images/iStockphoto

De Universa, em São Paulo

24/08/2020 16h22

Um fuzileiro naval dos Estados Unidos que foi considerado culpado de matar uma mulher transgênero de 26 anos chamada Jennifer Laude em 2014 retirou um recurso sobre sua condenação no Supremo Tribunal das Filipinas, o que levou ao encerramento do caso seis anos depois do crime.

De acordo com a Vice, Joseph Scott Pemberton foi condenado por homicídio em 2015 após matar Laude em um motel na cidade filipina de Olongapo, que está localizada perto de uma antiga base da Marinha dos EUA. Pemberton tinha 19 anos na época.

O homem foi inicialmente condenado a uma pena de seis anos a 12 anos de prisão, mas em 2016 sua pena foi reduzida para um máximo de dez anos. Ele também foi obrigado a indenizar os herdeiros de Laude.

Pemberton recorreu em 2017. Em 2 de junho de 2020, porém, ele apresentou um pedido para a retirada do recurso.

"Após uma consideração cuidadosa das circunstâncias deste caso, [Pemberton] decidiu retirar sua petição, tanto nos aspectos civis como nos criminais do recurso, e aceita e reconhece que sua condenação se tornará final e executória", escreveu o tribunal filipino.

A Justiça acrescentou que, com essa decisão, o caso foi considerado "fechado e encerrado".

Uma autópsia em 2014 identificou que Laude morreu de "asfixia por afogamento".

De acordo com a agência Associated Press, Pemberton alegou que agiu em legítima defesa por ter sido molestado por Laude em um quarto de motel. De acordo com ele, a vítima "fingiu" ser mulher, e ele precisou defender sua dignidade, mas não teve a intenção de matar Laude.

No entanto, evidências físicas refutaram sua afirmação.