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Deputado aciona MPF contra Sara Winter após divulgação de dados de criança

Sara Winter, durante manifestação do grupo 300 do Brasil, em Brasília - Getty Images
Sara Winter, durante manifestação do grupo 300 do Brasil, em Brasília Imagem: Getty Images

De Universa, em São Paulo

18/08/2020 21h10

O deputado federal Túlio Gadelha (PDT-PE) protocolou hoje no MPF e no MPDFT uma representação contra a bolsonarista Sara Winter por divulgar, no último domingo (16), o nome da criança de 10 anos que foi estuprada pelo tio no Espírito Santo e o local onde ela realizaria a interrupção da gravidez.

O parlamentar alega que, ao publicar onde ela faria o aborto — autorizado pela Justiça capixaba —, Sara incitou a obstrução à sua chegada no hospital e os ataques que foram proferidos à menina e à família no local.

"A representação aponta que Sara Winter praticou o crime de dano qualificado e infração contra medida sanitária preventiva, descumprindo as recomendações de distanciamento social, que proíbe aglomeração com mais dez pessoas", informa o PDT, em nota.

"Atacaram o médico responsável chamando-o de 'assassino' e forçaram a entrada no hospital. As cenas que rodaram na internet representam não só o ápice da falta de respeito, mas também o retrato da perversidade", disse Gadêlha. "A decisão no caso da garota que veio ao Recife realizar o procedimento tem respaldo pela legislação e pela OAB (Ordem de Advogados do Brasil).

Três deputados distritais do Distrito Federal protocolaram notícia-crime contra Sara Winter e uma petição virtual já acumula mais de 100 mil assinaturas pedindo a abertura de um processo contra ela por violar determinações do ECA (Estatuto de Criança e do Adolescente).