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Daisy Coleman recebeu ameaças de morte antes de suicídio, diz revista

Daisy Coleman, cuja história inspirou o documentário "Audrie & Daisy" - Randy Shropshire/WireImage via Getty Images
Daisy Coleman, cuja história inspirou o documentário "Audrie & Daisy" Imagem: Randy Shropshire/WireImage via Getty Images

De Universa

08/08/2020 10h10

Daisy Coleman, 23, cuja história inspirou o documentário "Audrie & Daisy", na Netflix, cometeu suicídio na terça-feira (4). A jovem vinha recebendo diversos ataques após denunciar um estupro que sofreu aos 14 anos, tendo sido xingada de "mentirosa", "vadia" e "idiota".

Mas, segundo a revista People, o suicídio de Daisy pode estar ligado a ameaças de morte e perseguição que sofria de um homem especificamente, que a publicação preferiu não divulgar o nome.

Amigos de Daisy disseram à revista que ela temia por sua vida há alguns meses, e que tinha medo de ser morta por esse homem. Em seus posts nas redes sociais, ela expressava seu medo em sair na rua até para atividades simples, como passear com seu cachorro.

Em outras postagens, ela falava sobre como o homem que a perseguia criava novos número de telefone o tempo todo para mandar mensagens a Daisy. Segundo ela, o "stalker" chegou a divulgar seu número na internet oferecendo serviços sexuais em troca de dinheiro.

"Ela estava implorando por ajuda", disse um amigo da jovem à revista.

A história de Daisy

Em 2012, Daisy relatou ter sido estuprada por Matthew Barnett, um adolescente que vivia em sua cidade, no Missouri, Estados Unidos. À época, ela disse ter sido deixada drogada do lado de fora de sua casa, usando apenas uma camiseta, sob temperatura abaixo de zero grau.

As denúncias contra Barnett, que pertencia a uma família influente, acabaram por ser retiradas. Ele se declarou culpado, mas de uma acusação mais branda, alegando que o sexo com Daisy foi consensual.

O caso desencadeou uma retaliação nacional contra a família de Daisy. Depois de ser alvo de bullying — pessoal e virtualmente —, ela tentou se suicidar inúmeras vezes até se tornar uma ativista para outras sobrevivente do mesmo tipo de abuso.

Centro de Valorização da Vida

Caso você esteja pensando em cometer suicídio, procure ajuda especializada como o CVV (Centro de Valorização da Vida) e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade. O CVV funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.