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Marina Ruy Barbosa cria marca e peças esgotam em 12h: "Melhor está por vir"

Blusas, calças e shorts de moletom são as primeiras peças da Ginger, marca lançada pela atriz Marina Ruy Barbosa no domingo Imagem: Divulgação

Andressa Rovani

De Universa

29/07/2020 04h00Atualizada em 04/08/2020 11h00

A pausa nos trabalhos e o tempo de isolamento social imposto pela pandemia de coronavírus fizeram florescer na atriz Marina Ruy Barbosa um novo negócio. "Preciso dar espaço a outras mulheres que habitam dentro de mim", disse ela ao anunciar no último domingo a Ginger, uma marca de roupas com clamor sustentável fabricadas com algodão orgânico. Apesar de os preços variarem entre R$ 367 (o shorts) a R$ 527 (o top) e o lançamento acontecer em meio à crise econômica, as peças esgotaram em menos de 12 horas depois de abertas as portas virtuais da loja.

Ginger, que remete ao tom ruivo dos fios de Marina, batiza a empresa e também uma das cores das primeiras peças, o laranja -que, junto com o off-white, colorem as três peças do pontapé da marca: top, calça e shorts, tudo de moletom. Outras três cores para as peças devem chegar logo mais. A Universa, Marina conta que foi o tempo livre que acelerou a ideia antiga: criar uma marca de roupas versáteis e longe do peso das tendências. Ainda assim, a velocidade com que as peças foram vendidas surpreendeu. Ela promete muito mais. "O melhor está por vir."

Leia a seguir a entrevista feita por email em que a atriz explica detalhes de sua nova marca.

UNIVERSA: Como nasceu o projeto da Ginger com a Vanessa? É um desejo antigo de vocês ou uma oportunidade identificada há pouco tempo?

MARINA: A Ginger é um sonho antigo, que venho nutrindo há muitos anos. Sempre fui apaixonada por moda, então criar uma marca própria era um caminho que parecia muito natural para mim. Foi uma forma de deixar aflorar um outro lado meu, uma nova forma de expressão. A Vanessa é uma grande amiga que se tornou sócia e parceira nessa jornada. Ela me ajudou a tirar um dos meus sonhos mais antigos do papel. Foi um encontro na hora certa!

"Vestindo o futuro com consciência" é o lema da marca, e a Ginger se preocupa com a qualidade do algodão e até com as etiquetas. Houve alguma preocupação específica com costureiras e com outras partes da cadeia produtiva?

Nossa preocupação com a cadeia de produção é total! Essa é uma parte igualmente importante dos elementos que compõe a nossa marca. Fomos muito cuidadosos na escolha dos nossos parceiros para garantir uma cadeia produtiva saudável e responsável. Também optamos por uma produção 100% brasileira, pois era muito importante para nós fomentar o setor dentro do país.

A Ginger nasce sem as amarras das estações e com foco na durabilidade das peças. O futuro projeto pela marca é também um futuro de menos consumo?

Acreditamos em um consumo editado, inteligente. Por isso, não sentimos a obrigação de seguir o tradicional calendário da moda. Lançaremos novos produtos quando fizer sentido e sempre com peças que realmente acreditamos.

Para nós também era fundamental apresentar roupas versáteis, que podem ser usadas de muitas formas, sem o peso das tendências. Esse é o segredo para um guarda roupa mais consciente: mais qualidade nas escolhas.

Marina Ruy Barbosa posa para sua marca Imagem: Divulgação

Marina sua sócia, Vanessa Ribeiro Imagem: Divulgação

O que deve guiar o lançamento de novos produtos?

Os nossos produtos serão sempre guiados pelos valores que estabelecemos para a marca: qualidade, versatilidade, estética apurada e, principalmente, preocupação com o impacto no meio ambiente. As nossas inspirações vêm do universo da arte e do design, outro pilar importante da Ginger e que continuará sendo um fio condutor. Eu e a Vanessa temos uma visão bem clara do que queremos fazer e de onde queremos chegar.

Os shorts da coleção lançada hoje já constam como "esgotados" no site. Vocês esperavam por esse sucesso no primeiro dia?

Não só os shorts! Kkkkk Para a nossa surpresa, o primeiro drop da coleção foi vendido em menos de 12 horas - todas as peças estão esgotadas. Quando a gente lança um projeto especial e feito com amor, sempre torcemos muito para dar certo. A resposta foi realmente maravilhosa! O público entendeu o propósito da Ginger e o que estamos tentando construir. Ficamos muito gratas pelo apoio e carinho de todos.

Depois de "Prefácio", qual o próximo passo da coleção? Já tem data?

Nesse momento, nós estamos focadas na nossa coleção de moletons. No domingo, dia em que a marca foi oficialmente anunciada, lançamos as peças off white e laranja. Novas cores serão lançadas ao longo do mês - temos mais três tons lindos a caminho. Queremos apreciar o que criamos com tanto carinho e cuidado, viver o momento. Mas é só o começo! Estamos criando uma marca com muita qualidade e informação de moda. Como o nome da coleção mesmo diz, esse é só o prefácio. O melhor está por vir.

Como você definiu o valor de cada peça?

Muitos elementos impactam o preço de uma peça: a qualidade dos tecidos, o nível e detalhes dos acabamentos e o processo de produção. Também optamos por matérias-primas que geram menos impacto. Somos uma marca pequena, slow fashion. Nossa intenção não é produzir em grandes quantidades - e isso acaba impactando também [o preço do produto]. Para nós era mais importante ser fiel ao que acreditamos. Não queríamos sacrificar partes importantes da nossa identidade como, por exemplo, fazer escolhas mais conscientes e sustentáveis.

Você já disse que o lucro da primeira coleção vai para a Gerando Falcões, iniciativa que você apoia. As próximas coleções também devem ter o lucro revertido para projetos de impacto social? Se sim, quais?

Impacto faz parte do DNA da Ginger. Nossa intenção é sempre ajudar de alguma forma, seja com o apoio de causas sociais ou minimizando o impacto no meio ambiente. Tenho muito orgulho de estar ao lado do Gerando Falcões, tê-los comigo nesse momento faz todo o sentido. Eu não me sentiria completamente realizada se não pudesse aliar esse lançamento com uma oportunidade de ajudar o nosso país.

Como a pandemia afetou, positiva ou negativamente, o planejamento da marca?

A pandemia impôs uma pausa na minha rotina de trabalho, como fez com muitos de nós. Mas, inquieta como sou, não consegui ficar parada.

Foi quando consegui me dedicar a esse sonho, que antes não tinha tempo de concretizar. Mas a verdade é que a pandemia é desafiadora em todos os sentidos. Concorda?

Como o trabalho para a construção da Ginger impactou o seu próprio guarda-roupa?

Eu aprendi muito com a criação da Ginger, foi enriquecedor. Essa experiência me permitiu criar um olhar mais atento aos processos da moda. Passei a dar ainda mais valor ao processo criativo e às diversas etapas que levam à criação de uma peça, de uma marca. Ao mesmo tempo, me fez refletir sobre a importância de ressignificar o consumo. Sem dúvida, o meu olhar mudou e ficou ainda mais criterioso.

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