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Bia Gremion lembra gordofobia: 'Amigas magras eram tratadas de outra forma'

Bia Gremion - Reprodução/Instagram
Bia Gremion Imagem: Reprodução/Instagram

De Universa, em São Paulo

16/07/2020 22h05

A influenciadora e modelo Bia Gremion, de 23 anos, conta que percebe, hoje, que há mais espaço na moda para pessoas gordas — mas nem sempre foi assim.

Em entrevista à Capricho, ela falou sobre a luta contra a gordofobia, especialmente durante a infância e a adolescência:

"Eu percebia que minhas amigas magras eram tratadas de outras formas, desde o carinho dos professores até dos namorados da escola. Tanto da minha família, que sempre me trouxe opções de emagrecimento, dietas e nutricionistas, quanto fora de casa. A falta de empatia permeia muito o corpo gordo", conta. "Na minha cidade, tinha apenas uma loja plus size e era bem caro para o meu padrão, então eu tinha uma calça no meu guarda-roupa e, quando rasgava, precisava comprar outra. Eu já deixei de sair porque não tinha o básico."

Bia conta que o contato mais próximo com o feminismo e com a moda foram fatores essenciais para ajudá-la a amar mais o próprio corpo. O trabalho como modelo, por sua vez, ajuda a colocar em prática deu discurso de positividade corporal:

"Eu mostro que é possível para eu fazer tanto quanto uma garota magra. A moda diz que não, mas eu provo que sim. Nosso corpo tem caimento, movimento. A minha profissão é extremamente ligada a um cunho político dentro do meu nicho", disse.