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Eclipse em Capricórnio hoje deve abalar relações e elevar polarização

Camila Eiroa

Colaboração para Universa

04/07/2020 04h00

Neste domingo (5/7) às 1h44, pelo horário de Brasília, teremos um eclipse parcial da Lua. Com Lua, Júpiter, Plutão e Saturno em Capricórnio se opondo ao Sol em Câncer, ele será o último eclipse da temporada que marcou os meses de junho e julho. É um eclipse parcial, visível na América do Sul, já que acontece na madrugada e a Lua vai estar no alto do céu. Sendo assim, conseguiremos acompanhar seu acontecimento.

"É um eclipse que coloca em questão a dualidade entre mãe e pai, família e sociedade. Estaremos nos sentindo feridos e excluídos socialmente. Temos um cenário um pouco doloroso para as nossas relações, especialmente as sociais. Poderemos vivenciar uma sensação muito forte de polarização, de fanatismo e de disputas. O lado masculino e as figuras de poder estarão muito frustradas e o feminino em disputa e rivalidade mais uma vez", explica a astróloga Maria Eunice Sousa.

Todo eclipse pertence a uma família e este, do dia 5 de julho, faz parte de uma família de eclipses que começou no dia 13 de junho de 1984, chamada Saros Lunar 149. Maria Eunice diz que, no mapa dessa série, é possível perceber uma sensação muito forte de polarização, já que a Lua conjunta a Netuno se opõe Vênus conjunta ao Sol. Com isso, a dualidade, o fanatismo e as disputas podem marcar presença.

"Há uma propensão à decisões repentinas que podem levar a incidentes abruptos. O clima é repleto de perdas, de controle e de frustração. Esse eclipse acentua muito a sensação de rivalidade feminina. Porém, o masculino também está muito frustrado. No mapa da série Saros 149, a gente tem Marte em Escorpião retrógrado e, como se não bastasse, em conjunto a Saturno em Escorpião, também retrógrado. Ou seja, o poder está reprimido. Enquanto o lado feminino, com as emoções, entra em disputa", diz.

Influências do eclipse

O eclipse propriamente dito acontece em Capricórnio. A Lua estará fazendo conjunção a Júpiter e Plutão, Marte estará em Áries, conjunto a Quíron. No resultado final dessa equação. Lua, Júpiter, Plutão e Saturno formam um time de peso em Capricórnio, todos se opondo ao Sol, que está em Câncer. "Sendo assim, o indivíduo está se sentindo muito obsoleto, ferido e excluído socialmente. É um cenário um pouco doloroso para as nossas relações, especialmente as sociais. Principalmente se analisarmos a situação dentro do contexto pandêmico que pede distanciamento social", conta a astróloga.

Nesse sentido, ela indica olhar para a nossa vida e ver o que precisa ser mudado e trabalhar para colaborar com essas mudanças ao invés de resistir a elas. "Obviamente porque os períodos de eclipses favorecem as mudanças. Eles representam o final de um ciclo e o início de outro ciclo. Mais do que isso, a família de eclipses que estamos vivendo pode aumentar a sensação de falta de esperança, o que deve nos direcionar a reconhecer isso em primeiro lugar."

Outra influência que pode ser destacada é a de de que as pessoas estarão mais suscetíveis a se deixarem levar pelas aparências, enquanto as condições sociais serão muito mais preocupantes do que parecem. A sensação de perdas importantes, de desperdício e de ilusão podem corroborar com uma instabilidade grande em todos os níveis.

"Há tendência a acontecimentos muito abruptos, repentinos e que podem criar danos nas estruturas — sociais e também materiais, como de imóveis. Isso me faz lembrar, por exemplo, de terremotos, porque em terremotos as estruturas colapsam. Então tem uma sensação de colapso em pilares que sustentam a sociedade, assim como um colapso da nossa fé", diz.

Falta de poder

No meio disso tudo, Maria Eunice destaca o povo muito frustrado, se sentindo impotente, aprisionado e clamando por liberdade. "Ele tem uma ambição grande de dar a volta por cima, então há uma propensão à decisões repentinas que podem levar a incidentes abruptos, à situações que se rompem de uma hora para outra e situações que a gente busca uma libertação a qualquer custo", completa.

No geral, é uma família de eclipses bem intensa, que traz um clima muito estranho de perdas, de controle e de frustração. Por ser um eclipse parcial, no entanto, a intensidade diminui um pouco. Mas por ser visível na América do Sul, ela pode ser mais forte para países como o Brasil. Esse é o fenômeno que fecha a segunda temporada de eclipses de 2020.

"Nem todos os eclipses são necessariamente tensos, horríveis, difíceis. Há eclipses que, na verdade, são bem bons, bem positivos. Depende muito da família e do contexto. O problema é que a gente está num contexto atual muito pesado, muito difícil, portanto, os eclipses corroboram com essa sensação de tensões e de transformações que são empurradas goela abaixo", afirma a astróloga.