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Em 'Revelação', Laverne Cox explica história da representatividade trans

"Veja o quanto avançamos", convida a atriz no trailer do documentário - Reprodução/Instagram
"Veja o quanto avançamos", convida a atriz no trailer do documentário Imagem: Reprodução/Instagram

De Universa, em São Paulo

19/06/2020 16h42

Estreia hoje o documentário "Revelação", da Netflix, produzido por Laverne Cox.

No filme, a atriz se junta com outras celebridades transexuais para fazer um panorama da representação de pessoas não-cisgêneras em filmes e séries, desde "A Florida Enchantment" (1914) até obras mais recentes, como "Pose" (2018) e "Sense8" (2015).

A obra chega ao público em um momento de notícias ruins para pessoas trans — só nos últimos dias, a autora de Harry Potter fez comentários transfóbicos e Donald Trump mudou a definição de gênero de forma que pode dificultar o acesso da comunidade a serviços de saúde nos Estados Unidos.

Mas também é um momento de mudanças, como Laverne Cox explica no trailer: "Nunca pensei que viveria num mundo onde as pessoas trans são celebradas, dentro ou fora das telas. Nunca achei que a mídia pararia de fazer perguntas horríveis e começaria a nos tratar com respeito. Agora, veja o quanto avançamos".

O depoimento dela é intercalado com imagens não somente de filmes e séries, mas também entrevistas e premiações. Em um trecho, Oprah questiona a supermodelo Lea T: "Como você esconde seu pênis?".

O escritor Tiq Milan explica que a representatividade é uma faca de dois gumes: "Esse é o paradoxo da nossa representatividade. Quanto mais somos vistos, mais somos violados".