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Grupo de mulheres da BBC pede fim do racismo e do sexismo dentro da empresa

Photothek via Getty Images
Imagem: Photothek via Getty Images

De Universa, em São Paulo

12/06/2020 10h15Atualizada em 12/06/2020 13h12

O grupo BBC Women, formado por mulheres que trabalham na rede britânica de comunicações BBC, está pedindo uma ação "real e urgente" para extinguir o racismo e o sexismo praticados dentro da corporação, segundo o jornal The Guardian.

Formado em 2017 em resposta à disparidade salarial entre homens e mulheres na BBC, o grupo afirma que funcionários de minoria étnica vêm, há anos, apontando para a questão do racismo.

São dezenas de apresentadoras e produtoras se pronunciando após a morte de George Floyd, o americano negro que, no dia 25 de maio, foi asfixiado por um policial branco nos Estados Unidos e morreu.

Um vídeo que mostra o policial ajoelhado sobre o pescoço de Floyd, imobilizado no chão e algemado, provocou indignação e protestos nos EUA e em alguns outros países. Nas imagens, é possível ver que Floyd não consegue respirar.

Em um comunicado, a BBC Women diz: "O assassinato de George Floyd impactou a equipe de minorias étnicas, negras e asiáticas da BBC. Muitos têm destacado o racismo insidioso há anos. A justiça está no centro da missão da BBC, e a BBC Women agora exige ações reais e urgentes para acabar com o racismo e o sexismo no trabalho."

Em 2018, a editora Carrie Gracie pediu demissão de seu cargo na China após descobrir que ganhava significativamente menos do que jornalistas do sexo masculino em empregos semelhantes na BBC.

Em janeiro, Samira Ahmed ganhou seu direito de igualdade de remuneração na emissora.

Em outubro do ano passado, June Sarpong foi contratada para o recém-criado papel de diretora de diversidade criativa, na tentativa de tornar a BBC mais inclusiva.

A lista mais recente dos maiores salários da empresa, divulgada em julho de 2019, mostrava apenas três mulheres - Claudia Winkleman, Vanessa Feltz e Zoe Ball - entre os primeiros dez.