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De motel a menage: simule em casa fetiches 'proibidos' durante o isolamento

Simule, em casa, práticas não recomendadas durante o isolamento social - iStock
Simule, em casa, práticas não recomendadas durante o isolamento social Imagem: iStock

Heloisa Noronha

Colaboração para Universa

06/05/2020 04h00

Passar a madrugada curtindo as delícias e o conforto de um bom motel, trazer outra pessoa para as brincadeiras de casal, deixar a imaginação correr solta observando o público da casa de swing, de um clube fetichista ou de uma balada liberal... Saudade, né, minha filha? Com o isolamento social, quem gosta de colocar as mais loucas fantasias sexuais em prática tem passado vontade. Alguns motéis continuam em pleno funcionando, mas com o coronavírus correndo à solta por aí, muita gente não se atreve a frequentar.

O jeito é apelar para a BFF do sexo: a imaginação. Com um pouco de criatividade e certos recursos, é possível simular em casa algumas experiências.

Em vez de curtirem uma balada liberal...

... façam uma festinha dentro de casa. Vocês podem começar combinando, por exemplo, um jantarzinho antes da balada. Arrumem a mesa de jantar, preparem uma comidinha diferente ou peçam algo inusitado no restaurante preferido de vocês. Depois, coloquem uma música ambiente, tomem uma bebidinha especial e selecionem músicas que criem uma atmosfera erótica para dançarem de um jeito bem picante. O figurino ajuda muito a entrar na brincadeira também. Terminem a noite fazendo de conta que estão se pegando num cantinho da boate transando em pé, no banheiro ou na lavanderia.

Em vez de se deliciarem no motel...

... criem um clima no banheiro e no quarto. Decore esses ambientes com elementos que lembrem os motéis preferidos ou invente sua própria decoração. Vale uma meia-luz, cheirinhos, óleos, velas, sais de banho, lençóis especiais e até acessórios mais quentes. Vocês podem até fazer uma cesta de quitutes e colocar um vídeo pornô rolando na TV ou na tela do computador, como encontrariam no motel, por exemplo. O que importa é usar a imaginação para criar cenários diferentes dentro de casa.

Em vez de transarem num lugar arriscado...

usem a imaginação guiada. A ideia é substituir a visita a algum lugar em que gostariam de estar juntos: uma praia paradisíaca e deserta, por exemplo. Um assume o papel de "guia" e o outro vai usando a imaginação - depois e só trocar as funções. Iniciem fazendo uma respiração calma e profunda juntos. Depois, comece o roteiro. Diga ao par: "imagine que estamos de férias em uma linda praia, pode ser aquela praia que a gente gosta. Estou vindo de biquíni caminhando na areia..." E assim você vai guiando a fantasia do outro. Para incrementar a brincadeira, é possível usar roupas e acessórios que têm em casa e buscar aplicativos que simulem sons - como o do mar e o do vento.

Em vez de irem ao clube fetichista...

... inventem juntos um conto erótico. Lembrem-se: o ser humano é capaz de criar um mundo erótico na mente e se excitar apenas com pensamentos, fantasias e imaginação. Escrever cenas picantes é uma atividade que, diferente da prática, não precisa sequer ter limites: vocês são livres para colocar no papel as mais loucas ideias sobre o universo BDSM (sigla para Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo) com as palavras que quiserem e o fetiche que desejarem. Criem uma história a dois ou brinquem de completar a frase um do outro. Com certeza, terminada a tarefa, o desejo estará a mil.

Em vez de compartilharem a cama com outras pessoas...

... aproveitem para explorar os recursos digitais. Entrem em um sites de encontros de casais e experimentem trocar informações e fantasias pela webcam. Se tiverem medo da exposição, mostrem apenas o que se sentirem confortáveis. Para os casais mais "tímidos", essa é a oportunidade perfeita de colocar fantasias de ménage, sexo casual ou suruba em prática sem ter que se comprometer com a ideia na prática.

Fontes consultadas: Gabriela P. Daltro, psicóloga e sexóloga da Plataforma Sexo Sem Dúvida; Paula Napolitano, psicóloga e terapeuta sexual, de São Paulo (SP), e Priscila Junqueira, psicóloga, sexóloga e cofundadora do IPSER (Instituto de Psicologia e Sexologia Essência Rara), em Campinas (SP)