McDonald's na China fecha unidade que proibiu entrada de pessoas negras
Uma unidade do McDonald's na cidade de Guangzhou (ou Cantão), na China, foi temporariamente fechada por proibir a entrada de pessoas negras.
"Fomos informados que, de agora em diante, pessoas negras estão proibidas de entrar no restaurante. Pela sua própria saúde, conscientemente notifique a polícia local para isolamento médico, por favor entenda a inconveniência", dizia uma placa afixada na porta do estabelecimento.
O caso foi denunciado no Twitter pelo perfil Black Livity China: "Mais uma vez, para aqueles que duvidam que pessoas negras e especialmente africanos na China são alvos, sentimos que é nosso dever compartilhar isso. Uma placa em um restaurante do McDonald's parece deixar isso perfeitamente claro."
A empresa se pronunciou pedindo desculpas pelo ocorrido e afirmando que a atitude "não é representativa de nossos valores inclusivos".
Em Guangzhou, os casos de racismo e xenofobia contra africanos se tornam cada vez mais comuns conforme crescem os rumores de casos do novo coronavírus importados da África. Na realidade, são apenas cinco casos oficiais — um grupo de nigerianos, de acordo com o jornal South China Morning Post.
Há relatos de pessoas de origem africana que foram despejadas de suas casas e expulsas de hotéis. O consulado dos Estados Unidos recomendou que estadunidenses negros "evitem a zona metropolitana de Guangzhou até segunda ordem".
Além de fechar o estabelecimento, o McDonald's afirmou que vai "educar mais gerentes e funcionários sobre os nossos valores, que incluem servir todos os membros das comunidades nas quais operamos".
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