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Miley Cyrus abandonou igreja após amigos serem mandados para 'cura gay'

Miley Cyrus durante a New York Fashion Week, em fevereiro - Idris Solomon/Reuters
Miley Cyrus durante a New York Fashion Week, em fevereiro Imagem: Idris Solomon/Reuters

De Universa, em São Paulo

23/03/2020 09h21

Miley Cyrus se abriu sobre sua relação com a religião em uma entrevista com a modelo Hailey Bieber. A cantora disse que abandonou a igreja após saber que vários de seus amigos gays da época do colégio foram mandados para terapias de conversão, ou centros de "cura gay", pelos pais.

O vídeo foi postado nos canais oficiais da cantora como parte de sua série de conversas virtuais com amigos famosos durante o isolamento provocado pela pandemia do novo coronavírus.

"Eu fui criada na igreja do Tennessee nos anos 1990, um tempo de menos aceitação", refletiu Miley. "Eu tinha alguns amigos gays na escola. Eu deixei a minha igreja porque eles não eram aceitos, eram mandados para terapias de conversão".

"Eu tive dificuldade com isso, e ainda mais quando descobri a minha própria sexualidade", disse ainda a cantora, que é bissexual. Hailey, no entanto, argumentou que, como adulta, Miley pode "encontrar sua própria relação com Deus", sem depender de dogmas ou instituições.

"Eu acho que há uma diferença entre ser criada na igreja e ser uma adulta com a sua própria relação com Deus, com Jesus e com a espiritualidade. A minha relação com a fé quando eu fui criada na igreja é bem diferente da que eu tenho agora, na minha própria jornada como adulta", disse.

"Eu acho que achei o meu lugar em termos de espiritualidade e fé, e encontrei uma comunidade religiosa que funciona para mim, na qual eu me sinto apoiada, amada, aceita. Eu acho que isso é tão importante", continuou.

"Eu acredito que Jesus ama as pessoas, não importa onde elas estejam na vida. Eu sempre tive dificuldade, também, com as igrejas fazendo as pessoas se sentirem excluídas, e não aceitas. Eu não acredito que Deus seja assim", completou a modelo.

Hailey e o marido, Justin Bieber, frequentam igrejas como a Churchome (em Los Angeles) e a Hillsong (em Nova York). Ambas já foram criticadas por suas posições anti-LGBTQ+ — a Hillsong foi até motivo de alfinetadas entre os atores Ellen Page e Chris Pratt.