Topo

Saia-justa materna: elas revelam micos que viveram por causa dos filhos

mães e filhas - iStock
mães e filhas Imagem: iStock

Claudia Dias

Colaboração para Universa

16/03/2020 04h00

Impossível uma mãe (ou pai) não ter guardado, lá no fundo do baú de lembranças, pelo menos uma vergonha que teve de encarar, graças aos filhos pequenos. Algumas situações são tragicômicas e, justamente por isso, entram para o rol de constrangimentos que ninguém gostaria de experimentar. A realidade, porém, é bem diferente, como mostram nove mulheres abaixo. Elas revelam momentos bem embaraçosos vividos na maternidade.

Oi para a vovó!
Nas últimas férias, enquanto a jornalista Julia Corrêa tomava banho no quarto do hotel em que a família estava hospedada, o filho Otávio, 10 anos, entrou no banheiro, celular à mão, fazendo uma chamada de vídeo com a avó. "Como não tinha box inteiro no chuveiro, já veio me filmando e dizendo: 'Fala oi para a vovó, mamãe'. Virei e disse: 'Tatá, como você me filma pelada? E se a vovó estivesse com alguém?' E ele, tentando me tranquilizar, respondeu: 'Não está com ninguém, ela está no supermercado'".

Cheirinho de limpeza (#sqn)
Geisiely Annes, técnica de enfermagem, coleciona lembranças de situações constrangedoras provocadas pela filha Maria Clara, 4 anos. "Há algum tempo, demos carona para uma guria que estava viajando há uma semana. Quando chegamos e entramos na casa dela, que era bem antiga, de madeira, a Maria disparou: 'Mãe, que fedor!' Tentei explicar que a casa estava fechada todo esse tempo e, por isso, havia o cheiro, mas ela continuou: 'Essa tia não limpa a casa, não. Está muito fedida!' E olha que essa foi só um das muitas situações. Sou um poço de passar vergonha com ela", diz.

Sem meias-palavras no shopping
O garotinho Vicente não tem nem 3 anos, mas já fez a mãe, a bancária Semira Nascimento, enfrentar algumas situações embaraçosas. "Fui ao shopping e precisei fazer o número dois. Ele entrou comigo no banheiro, como sempre. E, de dentro da cabine comigo, ele grita bem alto: 'Credo, mamãe. Que cocô fedido!'. Já fora, vi algumas mulheres me olhando pelo espelho, com aquele sorrisinho de canto de boca. Saí de lá rapidinho", lembra-se.

O fã de palhaços
Desde pequenininho, João Guilherme, hoje com 10 anos, se encantava com palhaços. Adora vê-los! Um dia, quando foi com a mãe Maria Emília B. Reis a uma loja de cosméticos, deparou-se com uma das vendedoras com maquiagem bem forte e não se conteve. "Na hora ele gritou: 'Mamãe, olha a palhacinha, olha a palhacinha!' Ele tinha uns 2 anos na época. Fiquei lá, tentando contornar a situação, e ele todo alegre repetindo, sem parar. Olhei meio sem graça para a moça e nem disse nada, que era pra não piorar", argumenta.

Sermão no padre
Jean Henrique, o filho da fotógrafa Maria Isabel Lorin, era um garoto que dizia o que pensava e criticava toda pessoa que estivesse fumando ou bebendo, fosse conhecida ou não. Certa vez, quando tinha lá seus 3 ou 4 anos (hoje tem 22), em um almoço de batizado, sentou-se com a mãe perto do padre, também convidado. "O padre estava tomando uma cerveja, de boas, e o Jean só de olho. Eu já imaginei que iria passar vergonha. Não deu outra! Ele puxou conversa com o padre, perguntou se ele conhecia outro padre, nosso amigo, e disse: 'Pois então, ele não bebe nada de álcool e eu acho que ele está muito certo, porque padre nenhum deveria beber'. Eu queria me enfiar debaixo da mesa de vergonha", diz.

Recado mal dado
A inspetora de alunos Solange Cunha enfrentou poucas e boas com o filho Guilherme Henrique durante a infância. Hoje o rapaz tem 26 anos, mas ela não esquece uma situação que deixou bem envergonhada. "Quando ele tinha lá seus 6 anos, pedi que atendesse a porta se alguém aparecesse e dissesse que não estava em casa. Trabalhava a semana inteira e deixava para limpar a casa nos sábados, dias em que os Testemunhas de Jeová costumam passar. Estava lavando roupa quando escutei a campainha, Guilherme atendeu e só ouvi: 'Minha mãe mandou eu falar que ela não está'. Se tivesse um buraco, teria entrado dentro", revela.