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Linguagem corporal: o jeito que vocês dão as mãos indica como vai o namoro

Getty Images
Imagem: Getty Images

Heloísa Noronha

Colaboração para o Universa

03/03/2020 04h00

A linguagem corporal pode ser um interessante instrumento para autoconhecimento e conhecimento do outro. Em geral, nos fala sobre como alguém com quem estamos interagindo se sente ou pensa mesmo que não expresse verbalmente, podendo revelar ainda mais do que palavras. Isso vale também para nosso relacionamento amoroso.

Nossas mãos comunicam muito nesse quesito. Essas informações abaixo podem dar uma dica de como anda seu relacionamento...

Caminhar de mãos dadas

Casais que gostam de sentir a pele um do outro em suas mãos enquanto caminham pela rua expressam intimidade, proximidade emocional, cumplicidade e, principalmente, felicidade em fazer parte do relacionamento. É indício de uma relação amorosa e positiva em que existe conexão e confiança.

Braços cruzados quando estão juntos

Quando um dos dois ou ambos estão andando, em pé ou sentados mantendo os braços cruzados há fortes indícios de tensão. Mesmo que algo não seja dito em palavras, a linguagem corporal revela raiva, chateação ou frustração. Num primeiro encontro, pode sinalizar insegurança com a situação em em relação à reciprocidade do outro ou, ainda, um "fechamento" da pessoa para uma situação, conversa ou interlocutor. Nesse caso, é como se quem cruza os braços avisasse: "Não vai rolar, não vamos sair disso!".

Dedos entrelaçados vendo TV

Mostram carinho, companheirismo e contentamento em estar junto em estado bruto. São os pequenos gestos, quando os casais estão relaxados ou fazendo alguma coisa simples do dia a dia, que deixam transparecer a qualidade da conexão e se a relação vai bem ou não.

Palmas voltadas para cima ou para baixo

A maneira como você usa as palmas das mãos enquanto conversa com outras pessoas pode alterar significativamente a percepção delas sobre você. Experimente fazer um pedido simples com as palmas das mãos voltadas para cima: o gesto será interpretado como um favor. Ninguém se sentirá incomodado, ameaçado ou sob pressão. Na convivência a dois, mostrar as palmas das mãos durante uma conversa mostra abertura, acolhimento, honestidade e franqueza - ou seja, as coisas que a maioria procura num envolvimento amoroso. Por outro lado, fazer o mesmo pedido com as palmas das mãos voltadas para baixo soará como uma ordem. Num relacionamento afetivo, pode expressar, ainda que de forma inconsciente, algo como "estou no controle" e "eu detenho o poder". Não é muito positivo para quem almeja equilíbrio entre o casal, mas é imponente.

Dedo em riste

Imposição que fala, né? É uma postura autoritária e dominadora, de quem está pronto para a briga ou quer se mostrar o dono da verdade apontado os erros alheios. Trata-se de um gesto da linguagem corporal das mãos interpretado como agressivo e irritado.

Punhos cerrados

Denota determinação e firmeza e é normalmente apresentado por quem está se preparando para um conflito ou uma competição. Pode significar inflexibilidade, se associado às palmas das mãos voltadas para baixo. Conforme as circunstâncias, contudo, quem tem um punho cerrado sacudindo-o para alguém ou socando-o no ar mostra intensidade. Com uma voz irritada, pode parecer raiva!

Mãos atrás do corpo do par

Esse gesto depende muito do contexto. Em geral, colocar as mãos nas costas do outro pode ser um sinal de carinho, conforto e proximidade emocional. Você está "alcançando" o par e ajudando-o simbolicamente a subir ou entrar em uma sala de uma maneira positiva. Homens podem expressar cavalheirismo. No entanto, esse gestual também pode ser uma jogada de poder, em que quem coloca a mão mostra que tem mais status e poder no relacionamento.

Mãos na altura do coração numa conversa

Comunica um desejo de que o outro acredite em suas palavras e/ou aceite o que explica. Quando fazemos espontaneamente, temos a intenção de nos comunicar com sinceridade, falando de coração, com total sentimento. Entretanto, pessoas manipuladoras e até mentirosas podem lançar mão desse artifício para comover deliberadamente o par ou fazer chantagem emocional.

FONTES:

Ellen Moraes Senra, psicóloga especialista em terapia cognitivo-comportamental, do Rio de Janeiro (RJ); Patrícia Atanes, psicóloga clínica, de São Bernardo do Campo (SP), e Vivian Wolff, coach especialista em desenvolvimento humano e mindfulness pelo ICI (Integrated Coaching Institute), em São Paulo (SP), e em Mindfulness pela Georgetown University Institute for Transformational Leadership, em Washington (EUA)