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Como Gabi Brandt: por que é difícil terminar uma relação problemática?

Saulo Pôncio e Gabi Brandt (Foto: Reprodução/Instagram) - Reprodução / Instagram
Saulo Pôncio e Gabi Brandt (Foto: Reprodução/Instagram) Imagem: Reprodução / Instagram

De Universa

01/03/2020 14h38

A internet foi surpreendida hoje pela notícia de que o cantor Saulo Ponico e a influenciadora Gabi Brandt teriam terminado o casamento. As suspeitas já estavam rolando entre os fãs do casal, uma vez que a última foto na qual eles aparecem juntos foi publicada há oito semanas. Nenhum dos dois tem falado sobre o assunto, mas o pai de Saulo, o pastor Márcio Poncio, teria se posicionado via mensagem privada para uma página de notícias do Instagram.

Na mensagem divulgada, o ex-sogro de Gabi teria dito: "Gabi e Saulo são jovens, são pessoas. Casaram-se muito cedo a fim de esquecerem seu passado ao invés de construírem um futuro familiar. Mas agora já foi! Na minha opinião, assim como casaram muito rápido estão vivendo as crises de um relacionamento a dois muito rápido".

Márcio teria dito também que torce pela reaproximação dos dois e que se preocupa com a felicidade de Gabi. Procurado por Universa, o pastor não confirmou se é realmente o autor da mensagem até o fechamento da reportagem.

Nas redes sociais, no entanto, muita gente comemorou. Isso porque o relacionamento entre os dois foi alvo de diversos escândalos, todos eles envolvendo traições por parte de Saulo. Em uma das crises, foi divulgado na internet um vídeo do cantor e outro rapaz entrando em um hotel com mais duas garotas.

Mesmo diante das crises, o relacionamento nunca terminou oficialmente. Com isso, é possível se perguntar: por que algumas mulheres, mesmo vivendo relações conturbadas, demoram ou não conseguem colocar um ponto final no envolvimento?

Complexidade emocional

Para quem vê a situação de fora, pode parecer fácil dizer tchau, mas na prática não costuma ser assim. "Desde cedo o ser humano aprende que a separação representa uma ameaça: quando somos crianças, temos medo de nos separar dos nossos pais. Na fase adulta, é natural sentir o mesmo com relação aos parceiros amorosos", pontua a psicanalista Renata Bento.

É por essa razão que, mesmo quando as partes não estão inteiramente satisfeitas, muitas vezes optam por continuar sustentando o namoro ou casamento. "Existe a mentalidade de que está ruim com o parceiro, mas pode ficar pior sem ele. Tudo isso é motivado pelo medo da solidão", detalha o psicólogo Reinaldo Renzi.

Em relações problemáticas pode ser mais difícil

Se a relação tem traços abusivos, fica mais complicado ainda abandoná-la. Isso porque a base psicológica utilizada é a da dependência. Um começa a minar a autoestima do outro para que ele continue levando a união, mesmo que em moldes pouco saudáveis. Na opinião da psicanalista Andréa Ladislau, a sutileza é a principal ferramenta para fazer isso. "No início, parceiros abusivos dizem exatamente o que o outro quer ouvir. Fazem com que ele se sinta acolhido". Com o passar do tempo, no entanto, começam a mostrar verdadeiramente suas intenções.

Podem utilizar o ciúme, as críticas ou as agressões verbais para tentarem controlar seus parceiros. Ameaçam ir embora e destruir o projeto de felicidade com o qual o outro sempre sonhou. Por isso até nos casos em que a situação evolui para agressões físicas, é difícil denunciar ou tomar a decisão de ir embora de vez.

* Com informações das matérias "Ele dizia que queria me proteger: como o cuidado evolui para agressão" e "Deborah Secco diz que traía para facilitar o término. Entenda comportamento", publicadas em dezembro de 2019.