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Como Tatá Werneck: barriga distendida pós-parto é comum em 90% dos casos

Tatá Werneck e Rafa Vitti em shopping no Rio de Janeiro - Edson Aipim/AgNews
Tatá Werneck e Rafa Vitti em shopping no Rio de Janeiro Imagem: Edson Aipim/AgNews

De Universa

11/02/2020 17h52


Tatá Werneck usou o Twitter nesta segunda-feira (10) para rebater uma seguidora que a questionou se estava grávida novamente -- uma ironia relacionada ao tamanho da barriga da apresentadora.

Tatá, que deu à luz Clara Maria há três meses, respondeu com um comentário bem-humorado e sincero sobre o corpo da mulher no pós-parto. "Não, amor. Eu tive bebê há 3 meses, engordei 22 quilos e tenho o direito de ter uma barriga imensa se eu quiser sem estar grávida. Essa barriga é de comida e talvez cocô, te falo em meia hora."

Polêmicas à parte, a barriga pode continuar grande mesmo depois do parto. Engordar é uma consequência natural da gestação, assim como a distenção da pele e a diástase, ou afastamento, do músculo do abdome. Essas condições são comuns a cerca de 90% das mulheres, segundo a ginecologista e obstetra Roberta Grabert, que realiza partos há 30 anos.

"O que acontece? Quando está grávida, a pele e os músculos vão distender, então vão ficar mais frouxos logo depois que teve o neném. A barriga não vai voltar pro lugar de antes automaticamente, mesmo que a mulher seja muito magra", explica.

Segundo Roberta, a barriga pode levar de três a seis meses para voltar após uma cesárea — que foi o caso de Tatá. Para partos normais, a média é de três meses. "Mas pode levar até um ano. Às vezes a mulher emagrece na balança, mas reclama da barriga. Tem que ter paciência. Volta, mas leva um tempo."

Por ser uma característica bastante comum na grande maioria dos casos, nada mais óbvio, na opinião da ginecologista, do que naturalizarmos essa característica do corpo pós-parto. "Fazer esse tipo de comentário como o da seguidora da Tatá é falta de empatia total. Em vez de olhar pro corpo dela, deveria exaltar a disposição que ela tem, está ativa, voltará a trabalhar em breve", diz Roberta.

Segundo o ginecologista e obstetra Renato Ajeje, membro da Comissão Nacional Especializada em Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) nos dez ou 12 primeiros dias após o parto é comum que a paciente ainda se sinta como se estivesse grávida também por causa da posição do útero.

"Ele fica na altura do umbigo, e depois vai descendo", explica. "No geral, as pacientes costumam comentar da barriga só depois do primeiro mês porque nesse período há tantas dificuldades e adaptações para a vida da família e da criança que ela nem se lembra muito de outras coisas."