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5 temas de'POSE' ambientados dos anos 90 que parecem hoje em dia

O ator Billy Porter em POSE; segunda temporada da série está vai ao ar aos sábados no canal FOX Premium 1 - Divulgação/FOX
O ator Billy Porter em POSE; segunda temporada da série está vai ao ar aos sábados no canal FOX Premium 1 Imagem: Divulgação/FOX

Marcos Candido

De Universa

04/02/2020 17h54

POSE é uma série musical que você deve ter visto como indicado a prêmios como o Emmy e o Globo de Ouro. A série ambientada em 1987 em Nova York retrata um momento de ruptura crucial para o que sabemos sobre sexualidade. Ao mesmo tempo que a liberdade sexual, de orientação e de identidade de gênero se consolidava, o vírus HIV era transmitido em escala mundial e causava a Aids.

Uma das caras da série é o ator Billy Porter, famoso pelos vestidos não-binários ou agênero usados tapete vermelho. Na série, Porter interpreta um homem soropositivo que coloca o debate sobre a doença na mesa. A série é ambientada em um grupo de vogue nova-iorquino e protagonizado por Blanca, uma mulher transgênero interpretada por Mj Rodriguez.

HIV

Em crescimento no Brasil, a transmissão do HIV era algo inédito e fulminante nos anos 80. Em Pose o personagem de Porter, Pray Tell, incentiva seus colegas de dança a realizarem os primeiros testes para checar a presença do vírus e a usarem preservativo. A personagem principal, Blanca, interpretada por MJ Rodriguez, decide dedicar a vida a ajudar os amigos infectados.

Novo conceito de família

O que forma uma família? O debate segue cada vez mais quente — com novos modelos, formatos, afetos? Em POSE, a família é uma espécie de casa chefiada por uma "mãe", que recebe jovens LGBTs excluídos de seus lares e da sociedade. Assim, em vez de laços sanguíneos, são unidos pelo amor e acolhimento de uma rede de apoio.

Não-binarismo

Angel (Indya Moore) é uma jovem transgênero. Pray Tell se veste como quer. Quando o assunto é não-binarismo, a série anda junto com as passarelas atuais mundo à fora. Essa relação entre gêneros nem sempre é fácil, claro. A personagem Elektra Abundance (Dominique Jackson) sonha passar por uma cirurgia de redesignação de sexo.

Homofobia

O preconceito à comunidade LGBTfobia hoje é crime no Brasil. Mas no final dos anos 80, a intolerância era impune e perpetuada por famílias e instituições. A protagonista Blanca é expulsa por de um bar por ser uma mulher trans. Já Damon (Ryan Jamaal Swain) é expulso de casa pela família após revelar sua sexualidade.

Marginalidade trans

A marginalização de mulheres trans, que trabalham na indústria do sexo para sobreviver, é uma realidade da personagem Angel, que se apaixona por um casado enquanto é garota de programa em um píer de Nova York.