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Cristian Cravinhos viveu romance com outro homem na prisão, revela livro

Os irmãos Cristian (à esq.) e Daniel Cravinhos (no meio) e Suzane von Richthofen, na época do crime, em 2002 - Luciana Cavalcanti/Folhapress
Os irmãos Cristian (à esq.) e Daniel Cravinhos (no meio) e Suzane von Richthofen, na época do crime, em 2002 Imagem: Luciana Cavalcanti/Folhapress

De Universa

17/01/2020 14h30

O livro "Suzane - Assassina e Manipuladora", escrito pelo jornalista Ullisses Campbell e lançado nesta sexta-feira (17), traz revelações sobre a vida de Suzane von Richthofen e dos outros envolvidos no assassinato dos pais dela, Manfred e Marísia, mortos em 2002. Também foram condenados pelo crime o então namorado de Suzane, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian.

Na prisão, conta Campbell em seu livro, Cristian teve um romance com um detendo chamado Duda. "Cristian criou coragem e fez um carinho com a ponta dos dedos no rosto de Duda. Ele reagiu ao afeto virando-se de frente. Cristian então deu um beijo no colega. Os dois aproveitaram os efeitos do álcool e transaram", escreve o jornalista.

"[Eles] engataram um romance e passaram a dormir praticamente todos os dias na mesma cama. Apaixonado, escrevia cartas ao amado em papel cor-de-rosa, desenhado com corações e flores. Cristian chamava o companheiro de Lua e dele recebia o apelido de Pavão, em referência à vaidade exacerbada."

Em entrevista a Universa, Campbell diz que há um fenômeno no universo penitenciário que se chama institucionalização do preso. "Ele está há tanto tempo encarcerado que começa a desenvolver hábitos com as regras daquele ambiente. Uma delas diz respeito às relações homoafetivas", explica.

"Elas acabam se naturalizando ali dentro. E foi isso que aconteceu com o Cristian. Ele me disse que seu maior medo era que a filha descobrisse seu relacionamento com a Duda. Ele sempre a chamou no feminino."

Depois de passar a cumprir pena no regime aberto, em 2017, Cristian foi procurado tanto por Duda quanto pela mulher com quem ele se relacionava enquanto estava preso. "Ele não ficou com nenhum deles e ficou com outras mulheres. Meses depois, se envolveu em outra questão policial, tentou subornar oficiais e foi preso novamente. Levou mais quatro anos de prisão."