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Aceite, a pochete veio pra ficar e trouxe a família toda; veja como usar

Reprodução/Pinterest
Imagem: Reprodução/Pinterest

Natália Guandagnucci

Colaboração para Universa

09/12/2019 04h00Atualizada em 09/12/2019 10h59

Mais do que nunca, a preocupação excessiva com a estética abre espaço na moda para novas prioridades, como conforto e funcionalidade. Pense nos objetos de desejo dos últimos anos: é na seção dos tênis, das roupas esportivas e até das pochetes que fashionistas mais têm se concentrado.

Antes demonizado, o acessório, aliás, conquistou de vez seu espaço, ultrapassando o posto de tendência para virar símbolo do movimento em que praticidade vem antes do que é considerado bonito.

"A gente está num momento em que a vida prática é muito valorizada, e eu acho que a pochete ganhou espaço por conta do grande 'comeback' que aconteceu na moda em 2012, e perdura desde lá. O esporte nunca mais saiu de moda, ganhou outras definições. Os grandes estilistas de hoje são os que vieram do streetwear, e as grandes grifes, como Balenciaga, Chanel, começaram a fazer tênis. O contexto é a versatilidade, e não só a beleza", aponta a analista cultural Carol Althaller.

Agora consolidada, a pochete tem ganhado novas versões a cada temporada, mantendo-se atual e em alta. Entre os modelos da vez, estão a belt bag (ou bolsa-cinto), usada na cintura e em formatos menores, como o de envelope, e a pochete com pegada utilitária, com vários compartimentos, que remete à cartucheira.

Outro hit é a bolsa híbrida, adaptável para ser usada de várias formas, inclusive como pochete, usada na transversal — normalmente, o modelo vem com uma alça ajustável ou até uma alça extra.

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Essa espécie de evolução da pochete deixa evidente também a expansão de seu alcance. Antes conectada ao universo do streetwear e uma faixa etária mais jovem, a peça agora atinge também um público mais velho, que prefere acessórios sofisticados, mas também está em busca de praticidade.

Agora, a pochete vai além do visual esportivo e retrô, e aparece na companhia de blazers e calças de alfaiataria, por exemplo.

Em comum, todas as variações têm o tamanho reduzido e as linhas minimalistas, incentivando a ideia de carregar apenas o essencial. "Desde livros sobre o essencial até Marie Kondo e seu método de organização, começamos a pensar a vida de forma mais compacta, porque ela está em constante movimento. Isso se reflete nas evoluções da pochete, porque a ideia é precisar de cada vez menos coisas. As pessoas estão procurando comprar menos e melhor", explica Carol Althaller.

Algumas marcas têm levado a ideia de "carregar apenas o necessário" a patamares extremos. Lá fora, a grife francesa Jacquemus viralizou com sua bolsa micro, em que não se pode carregar muito além de um comprimido ou uma moeda.

O acessório é tão pequeno que ganhou até versão bracelete, para ser usada no pulso ou no tornozelo. Por aqui, marcas como Escudero e Pége lançaram modelos que lembram porta-cartões, feitos para serem pendurados no pescoço.

A pochete representa também um momento em que as barreiras de gênero são cada vez mais derrubadas. Homens e mulheres usam a peça, que não está associada a nenhum dos dois em particular, reafirmando seu potencial de durar muito mais que uma só estação. A cara dos novos tempos.

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