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E se o racismo acabasse hoje? Respostas provam que preconceito é estrutural

Getty Images
Imagem: Getty Images

De Universa

30/11/2019 14h56

Uma pergunta feita no Twitter gerou uma série de respostas que evidenciam o racismo estrutural, o preconceito tão enraizado no comportamento do brasileiro a ponto de aquele que não passa por isso nem perceber que existe. No tweet inicial, o perfil de Gilberto Porcidonio pergunta: "Se o racismo acabasse hoje, o que você faria?" E responde: "Eu iria ao shopping de chinelo fácil".

À postagem de Gilberto se seguem diversas respostas mostrando como o preconceito racial aparece em situações do dia a dia, como ir ao mercado, mexer na bolsa para pegar o celular ou correr na rua.

Quem se surpreende, como Gilberto mesmo diz, é quem não é negro. Porque, para quem é, o racismo dessas situações é escancarado.

Veja outras respostas:

Por que ainda precisamos falar de racismo?

Evidenciar o preconceito cotidiano é uma maneira de mostrar que a ideia de "racismo velado" só reverbera entre pessoas que nunca sofreram uma atitude racista. Para a população negra, não há nada de velado nos comportamentos que costumam encarar em suas rotinas, como os citados acima.

O preconceito fica ainda mais evidente se olharmos para os números. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de analfabetismo entre negros é de 9,1% no Brasil, quase três vezes maior que a de brancos (3,9%). Pretos e pardos também são 64,2% da população desempregada. Entre os casos de feminicídio, em 61% deles as vítimas são mulheres negras.