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Use sem moderação: filtros solares que protegem a pele com um "plus a mais"

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Imagem: iStock

Jéssica Maes

Colaboração para Universa

29/11/2019 04h00Atualizada em 29/11/2019 12h44

O verão ainda nem chegou oficialmente, mas os termômetros em todo o Brasil prometem exigir cuidados redobrados com a exposição ao sol nas próximas semanas. Colocar o protetor solar nos hábitos diários é parte essencial desse cuidado, mas quem não quer ter mais um passo na rotina de beleza pode achar bons aliados nos protetores multifunção.

Filtros solares previnem o câncer de pele, o aparecimento de rugas, o envelhecimento precoce, a perda de elasticidade e a vermelhidão da pele (eritema). Além disso, fórmulas especiais também podem agir como hidratante, anti-envelhecimento, corretor de manchas, anti-oleosidade, primer, base e até mesmo repelente de insetos e filtros de poluição e outros agentes externos.

"A principal intenção de um produto multibenefício é trazer agilidade na rotina diária. O protetor solar tem que ser usado diariamente, especialmente no Brasil, em que os raios ultravioleta são muito intensos. Partindo dessa premissa, de que o protetor tem que fazer parte da rotina, trazer mais um benefício é uma facilidade para o dia a dia", diz a diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Johnson&Johnson Consumer Health, Maria Caldas. A marca é uma das que apostam em produtos multifunção, com funções repelente de mosquitos, controle de oleosidade, antioxidante e hidratante.

"Às vezes, esses filtros solares multifunção são até mais eficazes do que os convencionais, porque muitas dessas ações extras acontecem conjugadas com a proteção solar", explica a médica dermatologista Tatiana Gabbi, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). "Por exemplo, vamos considerar um filtro solar que tem também função antioxidante. Muito da ação do sol é por mecanismos de oxidação. Então, aquela oxidação que não for resolvida pela barreira do filtro solar, pode ser resolvida na reação do antioxidante".

Diferença entre produtos

O papel do protetor solar é evitar que a pele sofra os efeitos dos raios ultravioleta (UV) emitidos pelo sol. Os raios UVA são responsáveis pelo bronzeamento e, dependendo do tempo de exposição e do tipo de pele, podem causar câncer. Os raios UVB, que chegam em menor quantidade à atmosfera quando comparados aos UVA, são os que causam queimaduras solares e também respondem pelo câncer de pele.

Dependendo de sua composição, o funcionamento dos filtros solares pode acontecer refletindo ou absorvendo os raios UV. Os filtros orgânicos (conhecidos como filtros químicos) tem moléculas que absorvem e transformam a radiação em uma versão inofensiva para a pele. Já os filtros inorgânicos (conhecidos como filtros físicos) agem refletindo a luz e impedindo que ela penetre na pele.

Nessa luta pela proteção da pele, associar tratamentos pode estimular o uso diário do protetor e poupar tempo em frente ao espelho.

Os números nas embalagens dos protetores solares representam o fator de proteção solar (FPS). Na prática, ele representa uma medida de tempo: quanto maior o fator, mais exposição à radiação solar sem queimar a pele.

"O fator de proteção solar é determinado pela dose de eritema (vermelhidão) que a pele sofre com o protetor e sem o protetor. Se sem o protetor você demora dez minutos para ficar vermelho, usando um filtro de FPS 20, você vai levar 200 minutos para ficar vermelho", explica a professora Patrícia Maia Campos, fundadora do Núcleo de Estudos Avançados em Tecnologia de Cosméticos da Universidade de São Paulo (USP).

Em situações de exposição muito intensa ao sol, como praia, parque ou piscina, exigem atenção à reaplicação do filtro solar - e o mesmo vale para os protetores multifunção. No cotidiano, vale lavar o rosto e reaplicar entre o meio e o final do dia, se possível, caso vá existir uma exposição maior em algum momento posterior. Caso contrário, só lembrar de passar pela manhã já garante a proteção da pele.

Filtros solares devem ser escolhidos levando em consideração as características da pele de cada pessoa e o tipo de risco que ela pode correr. Para ajudar a entender melhor essas particularidades, a Sociedade Brasileira de Dermatologia disponibiliza em seu site uma calculadora de risco do câncer da pele. O teste rápido não substitui uma consulta ao dermatologista, mas pode auxiliar na hora de decidir qual protetor solar comprar, por exemplo.