É verdade que cremar corpo faz o espírito sofrer? Márcia Sensitiva explica

Cremar ou enterrar? Quem nunca pensou sobre qual destino gostaria de ter assim que desencarnar? A decisão de queimar o corpo físico para reduzi-lo a cinzas, no entanto, pode pesar para algumas pessoas.

Pairam algumas das crenças populares sobre o procedimento: será que isso fará o espírito sofrer, impedirá uma passagem pacífica e comprometerá o encontro com o descanso esperado pós-morte?

Cremação: como fica o espírito?

Afinal, como a cremação é vista pela espiritualidade? Segundo Márcia Fernandes, alguns autores espíritas não recomendam a cremação em virtude do espírito sentir as chamas que consomem o corpo. Porém, dentro da crença, há o entendimento de que o corpo se desliga, em algum momento, do chamado cordão fluídico, "que liga o perispírito ao corpo material".

Não é possível saber quanto tempo exatamente é preciso até que o processo de desligamento entre corpo e espírito aconteça. Por isso, muitos dentro do Espiritismo defendem a não-cremação. "Outros estudiosos, no entanto, dizem que 72 horas são mais do que o suficiente para que toda cirurgia de desligamento entre espírito, perispírito e corpo físico se concretize", conta a sensitiva.

O espírito sofre?

"Partindo do princípio de que 'não cai uma folha de uma árvore sem que o Pai Celestial não autorize', do Alcorão Sagrado, 6ª Surata versículo 59, a própria espiritualidade toma muito cuidado tanto no instante de nosso nascimento quanto no momento de nosso retorno à pátria espiritual", diz Márcia Fernandes.

Segundo ela, no momento em que a morte acontece, tudo está sendo administrado por uma equipe espiritual absolutamente competente em tudo que faz. Portanto, não há porque ter medo da cremação.

"A elevada espiritualidade está presente tanto ao nascer, quanto ao morrer. Nada é por acaso. Em tudo existe uma razão, um sentido e um significado", reflete.

E o que acontece depois da cremação?

A sensitiva é direta: tudo depende de como nosso espírito exerceu a caminhada aqui, no universo material. Se fomos uma pessoa apegada à matéria, poderemos, sim, sofrer no ato da cremação — o que se repete no ato de enterrar o corpo, durante o processo de decomposição biológica.

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Ou seja, não há tanta diferença em questão de energias na hora de escolher cremar ou enterrar.

"Se exercemos nossa caminhada terrena sendo uma pessoa responsável, preocupada com as questões morais, com o crescimento intelectual, o autoconhecimento constante e com a transcendência da vida após morte, certamente seremos bem acolhidos", acredita Márcia.

Exercer boas ações durante esta trajetória terrena nos conecta instantaneamente com a espiritualidade. Portanto, podemos esperar que, instantes após a morte, se iniciem processos espirituais como cirurgias e outros procedimentos que desligam nosso corpo físico de nosso espírito. "Assim podemos alçar voos tranquilos e serenos", pontua.

Vivendo com altruísmo

Percebeu que a decisão entre cremar ou enterrar não muda muita coisa se a vida foi vivida com responsabilidade e altruísmo? Essa, para Márcia, é a maior lição que podemos tomar em vida.

Além, é claro, de não julgar a decisão de nossos entes queridos para a hora da passagem. Não podemos interferir no livre arbítrio das pessoas.

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"Em conclusão, cabe-nos trabalhar constantemente nossa espiritualidade, nosso autoconhecimento e nos desprendermos cada vez mais do universo material. Nosso espírito é vivo infinitamente e eternamente, não existindo morte. O que acontece é uma simples mudança de endereço. Precisamos ser confiantes na magia Divina, que nos reserva sempre o melhor para nós".

*Com matéria publicada em 23/11/2019

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