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1ª estátua de mulheres do Central Park em 166 anos homenageará sufragistas

Vista para o Central Park, em Nova York - Divulgação
Vista para o Central Park, em Nova York Imagem: Divulgação

De Universa

23/10/2019 13h05Atualizada em 24/10/2019 20h09

Um dos principais pontos turísticos da cidade de Nova York, o Central Park tem 23 estátuas, nenhuma delas com figuras femininas. De acordo com a agência Associated Press no entanto, o cenário deve mudar no ano que vem, quando o local vai receber uma obra que retrata não uma, mas três mulheres importantes na história dos Estados Unidos.

A obra de Meredith Bergmann foi escolhida entre 91 concorrentes pela Comissão de Design Público de Nova York e representa três pioneiras na luta pelo direito das mulheres ao voto nos Estados Unidos: Susan B. Anthony, Elizabeth Cady Stanton e Sojourner Truth.

O ano de 2020 marca um século desde que as mulheres norte-americanas conquistaram o direito ao voto. Truth, uma escrava abolicionista, foi adicionada por último à obra, após críticas de que as sufragistas negras teriam sido "esquecidas" por Bergmann.

"Esta estátua transmite o poder das mulheres que trabalham juntas para trazer mudanças revolucionárias em nossa sociedade", disse Pam Elam, presidente da Monumental Women, organização sem fins lucrativos de defensores voluntários, historiadores e líderes comunitários de Nova York.

A organização levantou US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 6 milhões) para garantir a manutenção da peça, mas parte desse valor será destinado a um programa educacional, provavelmente focado em questões de gênero.

Em 166 anos de Central Park, essa é a primeira vez que mulheres reais serão representadas em bronze. O local tem peças em homenagens a William Shakespeare, Cristóvão Colombo, Alexander Hamilton e algumas personagens femininas fictícias, como Alice, do livro "Alice no País das Maravilhas".

"Minha esperança é que todas as pessoas, mas principalmente os jovens, sejam inspirados por essa imagem de mulheres de diferentes raças, diferentes origens religiosas e diferentes status econômicos trabalhando juntas para mudar o mundo", disse Bergmann após a escolha.