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Joice é vítima de gordofobia no Twitter e dá resposta homofóbica

Dida Sampaio -18.out.2019/Estadão Conteúdo
Imagem: Dida Sampaio -18.out.2019/Estadão Conteúdo

De Universa

20/10/2019 13h43Atualizada em 21/10/2019 10h09

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) foi alvo de ataques gordofóbicos nas redes sociais desde a tarde de sábado, em mais um capítulo do barraco virtual em que ela se envolveu com o também deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), desde que ela foi destituída do cargo de líder do governo no Congresso Nacional.

Insuflada pelo deputado, a hashtag #DeixeDeSeguirAPepa se tornou um dos temas mais comentados do Twitter no Brasil no início da tarde de hoje. Além da imagem da porquinha do desenho infantil, apoiadores de Eduardo Bolsonaro postaram imagens gordofóbicas em que ironizam a forma física da deputada.

O filho do presidente Jair Bolsonaro escreveu na tarde de ontem: "Galvão!" e a hashtag: "#DeixeDeSeguirAPepa", direcionando a mensagem a Joice. A mensagem teve 1.800 redirecionamentos. A deputada respondeu em seguida e o chamou de "picareta" e um "zero à esquerda".

No início da tarde deste domingo (20), Carlos Bolsonaro publicou uma série de emojis na rede social, iniciando a sequência com a imagem de um porco. A deputada usou o mesmo recurso como resposta, usando a imagem de três veados e três ratos. A mensagem foi considerada homofóbica:

Joice conta hoje com 326 mil seguidores e foi a mulher mais votada para deputada federal nas eleições de 2018.

Apesar de compartilhar a hashtag que pede para os internautas deixem de acompanhar Joice nas redes sociais, até às 13h45 deste domingo, Eduardo consta a lista de seguidores de Joice, assim como ela constava da lista de seguidores dele.

A deputada foi retirada de sua função no Congresso Nacional pelo próprio presidente Bolsonaro após assinar uma lista de apoio ao nome de Waldir.

"Não há mais espaço para ingenuidade. Tá cheio de gente que acabou de subir no ônibus e quer sentar na janela", disse Eduardo. "O nosso foco não pode ser o poder, político que trabalha apenas pelo voto acaba se tornando político padrão. Vise agradar seu eleitor e ser fiel, pois de pessoas desleais a sociedade tem asco. Obs: se não fossem reiteradas entrevistas dando munição aos nossos inimigos este post não estaria sendo feito", completou.

A situação da parlamentar teria ficado comprometida depois de ela assinar uma lista de apoio à permanência do deputado Delegado Waldir na liderança do PSL na Câmara. O desejo do presidente Bolsonaro é que a posição fosse assumida por seu filho Eduardo. O presidente articulou para que isso acontecesse, mas sofreu uma derrota. A Secretaria-Geral da Mesa da Câmara decidiu que Waldir continua no posto.

A deputada havia sido escolhida para a liderança em fevereiro.