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Como Angélica, saiba a melhor forma de lidar com primeiro namoro de filho

Joaquim, filho de Angélica com Luciano Huck, foi ao Rock in Rio 2019, nesta sexta (27), acompanha de sua namorada, cujo nome não foi revelado - Rogério Fidalgo/AgNews
Joaquim, filho de Angélica com Luciano Huck, foi ao Rock in Rio 2019, nesta sexta (27), acompanha de sua namorada, cujo nome não foi revelado Imagem: Rogério Fidalgo/AgNews

De Universa

28/09/2019 14h07

Angélica contou, em entrevista para o jornal "Extra", que havia descoberto nos bastidores do Rock in Rio que seu primogênito Joaquim Huck, 14, está namorando pela primeira vez. "Ainda não fui apresentada oficialmente, mas o coração dá aquela disparada porque a gente sabe que o filho está crescendo", falou a apresentadora ao jornal. "Acho que tenho um pouquinho de ciúmes, mas eu tento segurar a minha onda."

De acordo com especialistas, Angélica tomou uma sábia decisão ao lidar com o início da vida amorosa do filho: dar espaço para que ele viva a experiência, mesmo que sob um certo monitoramento. "O adolescente está em um momento de experimentação, e os pais devem garantir a ele o direito de arriscar e falhar, pois é assim que se aprende", diz o psicanalista Ricardo Portolano, professor do Instituto Sedes Sapientiae, em São Paulo.

A maior dificuldade dos pais, no entanto, é aceitar que as crianças cresceram e estão trilhando seus próprios caminhos. "Porém, ao decidir pelo adolescente o que é mais adequado para ele, os pais estão subestimando sua capacidade de decisão e postergando o seu amadurecimento", afirma a psicóloga especializada em terapia familiar Estela Noronha, mestre em psicologia clínica pela PUC de São Paulo. No caso de Angelica, ela sentiu o "coração dar uma disparada", o que é comum, mas que não deve virar uma interferência.

Se a mãe ou o pai sentir uma certa insegurança e quiser ter mais certeza sobre com quem o filho está se relacionando, uma boa forma de quebrar o gelo e conhecê-lo melhor é fazendo um encontro entre os progenitores dos adolescentes. "Os pais podem sugerir conhecer a família do namorado. Não para conviver, mas para saber quem são e quais valores possuem. Isso vai ajudar a desenvolver confiança", diz a psicóloga Letícia Guedes, doutoranda em psicologia na PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Goiás.

Salvo em situações em que uma relação amorosa pode representar um risco ao filho, o maior erro que os pais podem cometer nesse tipo de situação é tomar medidas drásticas como proibir o relacionamento. "Não seria melhor aceitar o namoro e descobrir quem é essa pessoa, do que obrigar o filho a só se relacionar fora de casa?", declara Letícia.

*com informações da reportagem "Falta de empatia com par de seu filho não é motivo para pais impedirem namoro"