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Bebê morre afogada em lago no AP; padrasto assume crime e alega ciúme da ex

Messias Machado Barbosa assumiu ter jogado a enteada, de 1 ano, em um lago em Macapá Imagem: Divulgação/Polícia Civil AP

Abinoan Santiago

Colaboração para Universa, em Ponta Grossa (PR)

16/09/2019 13h25Atualizada em 16/09/2019 19h34

Uma bebê de um ano foi encontrada morta ontem em um lago de uma área de periferia, no bairro Universidade, na Zona Sul de Macapá. Em depoimento à Delegacia de Homicídios, o padrasto da menina confessou tê-la matado. Messias Machado Barbosa, 29, disse que cometeu o assassinato por não aceitar o fim do relacionamento com a mãe da criança e ter ciúme dela.

De acordo com o delegado Wellington Ferraz, o crime teria acontecido entre 0h e 1h de domingo. Horas antes, no sábado (14), o suspeito foi à casa da namorada no mesmo bairro.

Lá, a mulher decidiu terminar o relacionamento ao ser vítima de uma tentativa de agressão durante uma discussão entre ambos. O desentendimento teria sido motivado pela recusa da mulher em sair com ele.

A namorada fugiu de casa e tentou se esconder na residência de uma vizinha. A filha ficou aos cuidados de uma tia. Em um momento de descuido, segundo as investigações, Messias retornou à residência e raptou a enteada. A menina havia completado um ano um dia antes, na sexta-feira (13).

Messias levou a criança para a casa onde morava. A bebê teria dormido no imóvel e acordado momentos depois. Em um vídeo que circula nas redes sociais, o suspeito disse que decidiu devolvê-la à mãe, mas que durante o caminho, resolveu arremessá-la no lago, fugindo logo em seguida.

"Ela foi jogada na área alagada e veio a óbito por afogamento. No momento, ele estava transtornado pelo término do relacionamento. No sábado, houve uma discussão entre a mãe da criança e o suspeito (...) Ele disse que agiu em momento de loucura, mas que sabia o que estava fazendo", disse o delegado, que investiga o caso.

No vídeo, Messias Barbosa relata que raptou a criança ao ficar enfurecido ao retornar à casa da namorada e não a encontrar, imaginando que ela havia saído para a festa depois da discussão.

A família da bebê foi à casa do suspeito, mas não encontrou nenhum dos dois no imóvel. Moradores encontraram o corpo da vítima boiando na manhã de domingo. A área alagada fica em uma região composta por palafitas. A menina foi arremessada viva no lago coberto por plantações.

"A gente [ele e a namorada] ia sair para uma festa, mas ela não quis porque eu tinha bebido. Aí eu falei que ia para casa dormir e ela disse que não queria dormir comigo e eu fui embora. Cinco minutos depois voltei e não ela estava mais lá, foi nessa hora que fiquei com raiva porque pensei que ela tinha saído. Eu peguei a neném para dormir na minha casa, mas resolvi levar de volta para a casa da mãe. Quando chegou mais ou menos no meio do caminho tive outra ideia, de deixar a neném [no lago] ", confessou Messias.

Por meio de denúncia, o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) prendeu o suspeito no bairro Palmeira, na Zona Norte de Macapá, no fim da tarde de domingo. Ele foi autuado em flagrante pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e abandono, sendo encaminhado à penitenciária.

A Polícia Civil aguarda o laudo conclusivo do Instituto Médico Legal para saber se a criança sofreu algum tipo violência física ou sexual antes de ser arremessada viva no lago. A juíza Luciana Barros de Camargo, do Núcleo de Garantias do Fórum de Macapá, decretou a prisão preventiva de Messias.

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