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Adriane Galisteu defende "bom senso" contra a ditadura da beleza

Adriane Galisteu - Reprodução/Instagram
Adriane Galisteu Imagem: Reprodução/Instagram

Carol Martins

Colaboração para Universa

10/09/2019 07h46

Aos 46 anos Adriane Galisteu continua a esbanjar o mesmo corpo magro e seco de sempre. A apresentadora, porém, não se sente aprisionada a padrões de beleza. "Você só se sente presa se você se sente na obrigação de se sentir de um jeito ou de outro", disse ela durante evento da M.A.C Cosmetics, na noite de ontem (9), na Casa Petra, em São Paulo.

"Sou uma mulher que gosta de ficar mais magra, de fazer esporte. Não significa que eu não possa engordar. Até porque hoje vivemos o oposto da ditadura da beleza, vivemos um momento da libertação das regras, das formas, das verdades absolutas, que não existem. É um momento muito democrático. E quando existe alguém nos aprisionando, temos que falar que quem manda no meu corpo, nessas decisões sou eu", disse. "Sou a favor do espelho e do bom senso. Se estiver gostando, se joga."

Os cabelos loiros, marca registrada da atriz, deixaram de ser uma condição. "Loira não é mais um cabelo. É um estado de espírito. Por opção vou ficar loira, por trabalho não escolhemos nem a cor e nem o comprimento", declarou.

Indignada com a tentativa de censura do prefeito do Rio de Janeiro, Marcello Crivella, com a retirada da obra "Vingadores: A Cruzada das Crianças", na Bienal Internacional do Livro, no Rio, Galisteu fez questão de entender que impacto causaria no filho, Vittorio, de 9 anos, ao ver o desenho do beijo gay. "Eu mostrei a imagem e perguntei o que ele via. Ele respondeu que via um beijo. E seguiu em frente", contou.

"É uma pornografia ver dois homens se dando porrada. Ver crianças na rua passando fome. Você não tem nem como explicar uma vergonha dessa para um filho que pergunta o que está acontecendo. Que quer ajudar. Isso, sim, dá uma vergonha enorme", acrescentou.

Para a atriz, alguns conceitos estão equivocados. "As pessoas não estão habituadas com excesso de amor. E é incrível como essa minoria é barulhenta, incomodativa e tem Deus no coração. Está na hora de tirar esse Deus muito esquisito. Meu Deus é um Deus diferente, que perdoa, está do lado, quer amor, não critica, não aponta", disse ela.

Galisteu prefere se manter distante de posicionamentos políticos. "Não ponho a mão no fogo por nenhum deles. Seja quem for e do partido que for. Há quantos anos é assim? Ninguém pensa no povo brasileiro. A gente tem sorte de viver em um país que é lindo."