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Resposta do Villa Country a caso de agressão é insuficiente, diz Procon-SP

Nas redes sociais, a vítima acusou a casa de "acobertar o agressor"  - iStock
Nas redes sociais, a vítima acusou a casa de "acobertar o agressor" Imagem: iStock

Da Universa

16/08/2019 15h51

O Procon-SP emitiu uma nota hoje em que considera "insuficiente" a resposta do Villa Country sobre uma denúncia de agressão dentro da casa noturna que ocorreu no último dia 4.

Após ser notificado pela fundação no começo desta semana, o Villa Country informou que houve uma "briga generalizada envolvendo quinze pessoas, que a equipe agiu conforme os protocolos recomendados, separou a briga e providenciou assistência, amparo e disponibilizou ambulância à consumidora".

Por fim, a casa noturna acrescenta que houve abertura de inquérito policial. Porém, o Procon-SP argumenta que o Villa Country "não apresentou imagens e documentos comprovando o socorro oferecido à consumidora e os procedimentos adotado", além de não esclarecer "protocolos recomendados" e quais os "treinamento dados às equipes de segurança para atuar nesse tipo de ocorrência".

"A equipe de fiscalização conduzirá uma apuração mais aprofundada e adotará medidas e sanções com base no Código de Defesa do Consumidor.", disse o Procon-SP.

Entenda o caso

Uma mulher de 31 anos denunciou ter sido vítima de agressões dentro do Villa Country durante evento do último dia 4. Nas redes sociais, a vítima acusou a casa de "acobertar o agressor" e "deixar ele sair impune e sem qualquer responsabilidade pelo que fez".

Os agressores ainda não foram identificados.

Nas redes sociais, a casa publicou uma nota dizendo que "a briga foi apartada de imediato pela equipe de segurança" e que "em seguida a vítima foi prontamente encaminhada à enfermaria por uma segurança feminina, onde recebeu os primeiros atendimentos".

O texto diz ainda que lamenta o ocorrido que que está colaborando com as autoridades que investigam o caso.

Outros casos

Só neste ano, pelo menos outras duas casas noturnas muito conhecidas em São Paulo foram acusadas de não prevenir a violência contra a mulher em seus eventos e nem prestar socorro às vítimas.

Em maio, uma mulher teria sido vítima de estupro na Vila Seu Justino, na zona oeste da cidade. Ela enfrenta uma batalha na justiça para provar que a casa não só deixou de prestar apoio como ajuda a acobertar o suposto estuprador.

Dias antes, seguranças da Villa Mix, também na zona oeste, foram acusados de espancar uma mulher até que ela fingisse desmaio.