Órgão denuncia aéreas por exigirem que funcionárias se depilem e usem salto
O sindicato dos trabalhadores do Reino Unido, que representa funcionários da indústria aérea, formulou um relatório denunciando situações de constrangimento vividas por mulheres. As informações foram publicadas pelo jornal "The Independent".
As funcionárias das companhias relataram que são forçadas a seguir regras machistas, como a que proíbe pelos visíveis nas pernas, nos braços e no rosto. Tal ordem não é dada aos homens. Elas também contam ser obrigadas a usar maquiagem e salto alto, e só são autorizadas a usar sapatos de salto baixo caso apresentem atestado médico.
Uma das empresas citadas no relatório é a Swissport, que está entre as maiores do mundo no ramo de prestação de serviços terceirizados para companhias aéreas. A alegação é de que a Swissport exija das trabalhadoras o uso de maquiagem, incluindo batom, que deve ser vermelho, rosa ou marrom, além de "pernas bem cuidadas".
Outra, a Dnata, que presta serviços para a Emirates, não aceita pelos visíveis nas pernas, nos braços e no rosto, e diz às funcionárias que eles podem ser removidos com vários métodos, é só uma questão de cada uma escolher o mais adequado para si. A empresa também exige que as mulheres usem esmalte.
Procurada, a Swissport afirmou que "a política de uniformes e roupas é projetada para atender às políticas e padrões de saúde e segurança dos parceiros. Estamos atualmente revisando cuidadosamente os elementos da política para garantir o conforto de todos os funcionários".
A Dnata também se pronunciou, dizendo que "valoriza o papel que sua equipe desempenha no sucesso do negócio e promove a igualdade no local de trabalho. Como tal, possui políticas tanto para funcionários homens quanto mulheres, e os uniformes são projetados para serem confortáveis e funcionais".
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