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Mês do Orgulho LGBTQ+

23ª Parada do Orgulho LGBTQ+ deve reunir 3 milhões de pessoas na Paulista

Da Universa, em São Paulo

23/06/2019 11h03

A 23ª edição da Parada do Orgulho LGBTQ+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestir, transgêneros e pessoas queer) de São Paulo ocupará a Avenida Paulista a partir das 10h deste domingo (23).

Com concentração este horário em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), cerca de 3 milhões de pessoas, segundo estimativa da Prefeitura de São Paulo, devem seguir o primeiro trio, que parte às 12h e deve seguir em direção à Rua da Consolação -- a melhor forma de chegar ao evento é de metrô, descendo na estação Trianon-Masp da Linha 2-Verde.

O evento terá 19 trios e o último deles deve chegar ao destino final por volta das 18h, quando acontece a dispersão. A Avenida Paulista ficará bloqueada para carros a partir das 8h e a liberação da via acontecerá após a limpeza no domingo. Já a Rua da Consolação ficará bloqueada para carros das 12h às 19h.

Estima-se que a prefeitura tenha gasto 1,8 milhão de reais com a organização da Parada neste ano. Além do montante, o evento conta com o patrocínio de empresas privadas -- a Uber, por exemplo, é responsável por dois dos trios que vão desfilar.

Atrações

A madrinha desta edição é a apresentadora Fernanda Lima e a mestre de cerimônias oficial é a drag queen Tchaka.

De acordo com Heitor Werneck, produtor artístico, a parada deste ano será mais inclusiva, com atrações circenses e novos talentos da cena LGBTQ+, como o cantor Boivi e a rapper Luana Hassen. Até o momento, as atrações principais são a ex-Spice Girl Melanie C e o grupo Sink The Pink, além das brasileiras Iza, Gloria Groove, Aretuza Love, Luísa Sonza e MC Pocahontas.

A agenda completa pode ser conferida no site da Parada do Orgulho LGBTQ+.

50 anos de Stonewall

Este ano, a parada terá como tema os 50 anos de Stonewall -- série de manifestações de membros da comunidade LGBT contra uma invasão da polícia de Nova York ao bar Stonewall Inn. A rebelião ocorreu nas primeiras horas da manhã de 28 de junho de 1969.

O evento é considerado um marco do movimento de liberação gay. É por causa da revolta de Stonewall que o orgulho LGBTQ+ é celebrado em junho.

Para presidenta da Associação da Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros de São Paulo (APOGLBT SP), Claudia Regina, a revolta histórica de Stonewall é um marco importante na luta dos direitos LGBTs do mundo todo.

"Ele nos mostra que, independentemente do governo ou de qualquer ameaça que enfrentamos diariamente na rua, dentro de casa ou em qualquer lugar, precisamos ser fortes, resistir e sermos nós mesmos, vivendo e lutando por nosso amor que não difere em nada do amor de outras pessoas. Lembrar de Stonewall é lembrar de nossas conquistas e do nosso orgulho de ser LGBT".

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