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Fuçar no Face e outros hábitos que podem acabar com a confiança

Fuçar no celular do parceiro é hábito comum, mas pode prejudicar o relacionamento - iStock
Fuçar no celular do parceiro é hábito comum, mas pode prejudicar o relacionamento Imagem: iStock

Claudia Dias

Colaboração para Universa

09/05/2019 04h00

"Comigo, foi traição". O que levou a produtora Lucia Cristina, 40 anos, a perder a confiança no (ex-)noivo e acabar com a relação é o mesmo motivo que faz muitas mulheres deixarem de acreditar 100% no par.

Mas não é só isso que faz as bases das relações tremerem. Há várias outras situações, algumas nada óbvias, que provocam rachaduras nesse pilar necessário para qualquer relacionamento. A seguir, mulheres contam hábitos que as fizeram manter sempre um pé atrás com o crush.

Esconder contato com ex

Tem gente que não aceita bem o fantasma da antiga relação e quem prefira omitir contatos com o passado, para evitar fadiga emocional. Mas isso tende a piorar o cenário.

"Descobri que meu namorado se encontrava com uma ex, que até já estava em outra, só para bater papo, mesmo. Ele disse que agiu daquela forma por eu ser ciumenta demais. Até admito, mas se era importante essa amizade, que tivesse tentado me explicar. Fiquei bem insegura em relação a tudo e demorou muito tempo para eu me convencer que não tinha nada mais entre eles", conta Cláudia Oliveira, 32 anos, gerente.

Negar flagras

Adriana Soares, 33 anos, consultora, bem que gostaria de (ainda) confiar no seu companheiro, só que não consegue mais. Ela, que sempre defendeu a sinceridade na relação, inclusive o relacionamento aberto, percebeu que o parceiro não seguia sua parte ao receber uma ligação no celular dele.

Ao devolver o aparelho, notou a tela de um aplicativo de encontros. Questionado, ele alegou ser "propaganda" apenas. "Falei para jogar a real e ele jurou que não tinha feito nada. Mais tarde admitiu que usava, só pra trocar nudes, porque estava com a autoestima em baixa. Conversamos, a relação melhorou, só que não consigo de maneira nenhuma recuperar a confiança nele, o que é fundamental para mim", lamenta.

Contar mentirinhas no dia a dia

Bia Amaral, 29 anos, advogada, viu seu relacionamento degringolar ao descobrir uma sucessão de farsas do ex. A desconfiança chegou ao ponto de não querer mais nada com o namorado de vários anos.

"Não era nada muito grave ou sério, mas acontecia o tempo todo. Você perdoa uma, duas, três vezes, mas vira uma bola de neve. O problema de a pessoa praticar pequenas mentiras é que você passa a questionar: se ele faz isso com coisas irrelevantes, como vai agir quando tiver um motivo relevante?", diz.

Não convidar para certos rolês

O último relacionamento da fotógrafa Renata Gabriela, 42 anos, não teve um final feliz. "Procurei até terapia, pois achava que eu era paranoica", lembra-se. Sua intuição, porém, estava certa.

"Mandava mensagem e respondia horas depois. Ligava e nunca atendia; estava sempre em reunião. Marcava encontros e jantares com 'amigas' em que eu não podia ir junto", ilustra a mulher. Sua confiança foi minando, até não conseguir mais acreditar na relação, optando por um ponto final.

Fuçar nas redes sociais

Até hoje, Gabi Cristina, 42 anos, empreendedora, não compartilha segredos ou assuntos mais reservados em qualquer rede social. Prefere só conversas ao vivo ou, no máximo, via telefonema ou chamada por vídeo. Trauma de experiências anos atrás, com sua companheira.

Ela não sabe como - se a outra descobriu a senha, se ela esqueceu o Facebook logado -, mas tem certeza de que a parceira leu o papo com uma amiga, em que reclamava do relacionamento.

"Ela citou frases que eu havia escrito no messenger durante uma discussão nossa. Tenho certeza que bisbilhotou minhas conversas e achei aquilo uma invasão de privacidade. Não confio mais nela, nesse sentido. Não escrevo mais nada, nem gravo áudios", afirma.

Flertar na cara dura

Hoje casada, a nutróloga Denise Lemos, 32 anos, lembra que seu namoro anterior terminou porque não conseguiu confiar no parceiro. "Ele olhava descaradamente outras mulheres na minha frente. Eu não sou muito ciumenta, mas aquilo me deixava incomodada, imaginando o que não faria longe de mim. Por isso, a relação não foi para frente", comenta.

* A pedidos, o nome de algumas entrevistadas foram alterados.