Na praça, no navio, no bloco de carnaval? Casamentos em lugares inusitados
Giovanna e Diogo escolheram um estúdio de tatuagem; Natasha e Eduardo, uma praça; Lujackson e Márcio, um bloco de carnaval, e Nestor e Sane, um navio. Cada um no seu estilo, eles trocaram os habituais cenários de casamentos para celebrar o amor de uma maneira diferente. Confira as ideias e inspire-se, a partir de agora.
Festejando o amor e a primavera
A única certeza que Natasha Pinelli, editora, 32 anos, e Eduardo Chagas, arquiteto paisagista, 30, tinham para o casamento era que seria durante o dia, ao ar livre. Morando em São Paulo, encontraram uma praça. "Era perfeita para o que queríamos, com ambiente tranquilo e uma árvore maravilhosa bem no meio", lembra. Para o dia especial, os noivos só precisaram alugar cadeiras para os mais velhos e mães com crianças. Encomendaram um painel de macramê, que ganhou flores. Encheram balões coloridos. Um morador "emprestou" energia para ligarem as caixas de som, enquanto um trio de amigos comandou a parte musical. E só.
Os arranjos da festa e o buquê com girassol (a flor preferida da noiva) foram feitos pelo noivo. Antes dos votos dos dois, os pais falaram. "Quem, mais do que nossos pais, querem a nossa felicidade mais profunda?", opina Natasha. Depois das alianças trocadas, seguiram em cortejo pela vila até o local da festa, com os convidados cantando pelas ruelas. Vizinhos da praça, que saíram de casa para acompanhar a cerimônia, enviavam boas vibrações, beijos e parabéns.
"Foi uma experiência linda, em que respeitamos nossas vontades e personalidades. Deu bastante trabalho, mas tivemos a sorte de ter família e amigos que ajudaram para que tudo saísse do jeitinho que a gente queria", comenta Natasha.
Local de trabalho e de casamento
Quando começaram os preparativos para se casarem, a empresária Giovanna Cima Prandini Alonzo, 24 anos, e o tatuador Diogo Augusto Cima Prandini Alonzo, 32 anos, não tiveram muitas dúvidas em definir o lugar para o "sim", dito em dezembro de 2017: o estúdio deles, o Trinta e Três - Tattoo & Family, inaugurado oito meses antes, em São Paulo. "Além de (significar) economia, era uma das partes mais importantes da nossa vida, o nosso filho!", diz Giovanna.
Para acomodar os cerca de 60 convidados, rearranjaram os móveis do estúdio e alugaram ou emprestaram outras peças. Família e amigos próximos colaboraram com a decoração, no melhor estilo do it yourself. "Compramos muitas flores e, no dia antes do casamento, nos ajudaram a montar tudo", relembra.
"Queríamos que o momento fosse nosso, sobre a gente e nosso amor. Escolhemos uma música, o padrinho pôs pra tocar no Spotify mesmo e entrei com meu pai. Nossos padrinhos eram pessoas próximas. A (celebrante) Babi Nascimento casou a gente, lemos nossos votos, choramos à beça", lembra-se a noiva. Depois rolou um brunch e passaram a tarde se divertindo com os convidados.
"Acredito que casamento tem que ser pra gente e não para os outros. Do jeitinho que fizemos, ficou tudo como queríamos, tudo tinha nossa mão ou de alguém que gostamos", opina Giovanna.
O "sim" entre milhares de foliões
O tatuador Márcio Venício da Silva Júnior, 24 anos, sempre sonhou com um casamento com muita gente e uma festa linda. Seu namorado, o caixa Lujakson Alves da Cunha, 26 anos, sabia disso e quis proporcionar a experiência de uma maneira diferente: sugeriu que trocassem alianças no meio de um bloco de carnaval, em Belo Horizonte, onde eles moram.
O casal integra o bloco Alô Abacaxi, que celebra tanto a Tropicália quanto as minorias e a diversidade. Fazia todo sentido aproveitar o cortejo dos foliões. A diretoria do bloco amou a ideia. Era novembro e tudo foi preparado em três meses.
Pouca gente sabia o que iria acontecer e quase tudo seguiu em segredo durante os ensaios e preparativos. Já que seria surpresa para integrantes e foliões, Lujackson e Márcio também quiseram ser surpreendidos e deixaram logística, repertório e outros detalhes a cargo dos responsáveis pelo Alô Abacaxi.
No domingo de carnaval, o colorido bloco avançava pelas ruas da capital mineira quando a bateria parou e abriu-se um corredor entre os foliões para que os noivos chegassem até do carro de som. Ali estava a ativista Juhlia Santos, que comandou a troca de alianças, embalada pelas frases de "Amor", música do Secos e Molhados. "A cada passo que eu dava, vendo a emoção no rosto das pessoas, sentia que estava fazendo a coisa mais certa da minha vida. Casei da forma que combina comigo, que é coerente com quem sou", afirma Márcio.
"Espero que o que fizemos no cortejo do ano passado tenha sido um degrau para mudar o que a gente entende sobre amor, sobre casamento, sobre as regras que são impostas para a gente", diz Lujackson, que confessa ter tido a ideia pois seu amor por Márcio é tão grande que não cabe só dentro deles e que vale por uma cidade inteira.
O alto-mar como cenário
O dia a dia profissional de Nestor Marangoni Jr., 43 anos, e Sane Marques Marangoni, 38 anos, envolve casamentos -- ele é empresário e ela, produtora, ambos na área musical. Nada mais óbvio que a celebração do amor deles seguisse os moldes tradicionais, certo? Errado!
Amantes de navios, foi em um cruzeiro que descobriram a possibilidade de um casamento em alto-mar. Em abril de 2013, eles e 44 convidados embarcaram no navio Empress, da Pullmantur, para um roteiro de cinco dias que saiu de Santos e passou por Búzios e Ilhabela.
A cerimônia aconteceu numa sexta-feira à tarde, numa área reservada para a turma, e foi conduzida pelo comandante do navio. Seguindo a mesma ordem que um casamento tradicional, contou até com entrada de padrinhos, floristas e daminhas.
Ao final, um DJ animou o coquetel exclusivo para os convidados. "Por trabalharmos com casamentos e eventos em São Paulo, nada melhor do que mudar e casar em um lugar não tão convencional. A experiência foi espetacular", lembra a noiva.
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