Assédio sexual em academias militares aumentou 50% em 2018, mostra estudo
Uma pesquisa do Departamento de Defesa, publicada pelo jornal "The New York Times", mostrou que o assédio sexual em academias militares cresceu 50% em 2018 - embora movimentos como o #MeToo e o "Time's Up" tenham ganhado força no mesmo ano.
Publicada na última quinta-feira (31), a pesquisa, que analisou a Academia Nacional dos Estados Unidos e a Academia da Força Aérea dos Estados Unidos, se baseou em todas as formas de assédio para chegar a esse número: de toques não consensuais ao estupro.
De 2015 a 2016, 507 casos foram reportados, enquanto de 2017 para 2018 cerca de 747 vítimas revelaram terem sofrido assédio. 15,8% desses estudantes eram do sexo masculino, enquanto 2,4% do sexo feminino.
Don Christensen, ex-promotor da Força Aérea e presidente da Protect Our Defenders, organização que protege vítimas de abuso sexual das forças armadas, comunicou ao "USA Today" que o relatório é o reflexo de um problema cultural nesse ambiente.
"Há décadas academias minimizam o abuso sexual. Não há consequências para alguém que comete esse tipo de crime lá", afirmou.
Já Mark T. Esper, chefe do Estado-Maior do Exército, também emitiu a preocupação em um comunicado, dizendo que a prática é "preocupante e decepcionante".
"Não há espaço para assédio ou agressão sexual no exército dos EUA. Essa é uma questão de prontidão que afeta nossa capacidade de nos preparar par alutar e vencer as guerras da Nação, assim como uma questão de valores", comunicou, dizendo ainda que um plano de ação deve ser atualizado nas próximas semanas.
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