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Ar-condicionado: siga 5 passos para acertar na escolha do seu

Dan Brunini

Colaboração para Universa

19/01/2019 04h00

A principal vantagem de se ter um aparelho de ar-condicionado é a climatização de forma regular. Para que funcione bem, porém, você precisa saber de algumas regras antes de comprar um e instalá-lo. Veja:

1. Tamanho do ambiente x equipamento

A escolha do modelo de ar-condicionado requer um projeto específico dada a complexidade do assunto. Embora essa tarefa não pareça técnica, ela é, sim. Em casas e apartamentos, um bom início é escolher uma loja idônea, recomendada por amigos e vistoriada após uma visita, que contará com técnicos habilitados.
O segundo passo é considerar o dimensionamento e as condições de uso do ambiente. Estudar o tamanho do espaço em que o aparelho será instalado e o número de pessoas que usam efetivamente o local são importantes fatores a serem considerados.

Você vai precisar saber o que é BTU, sigla em inglês para Unidade Térmica Britânica. Quanto maior esse dado, mais potente será o equipamento. Um profissional gabaritado ajudará no cálculo correto, mas para saber quantos BTUs deve ter o ar-condicionado deve-se saber a metragem do ambiente. Exemplo: para uma sala de 20 m², multiplique por 650 (BTU). Em seguida, some mais 800 para cada pessoa que costuma estar no ambiente e mais 600 para cada eletrônico presente na área.
Em uma sala de 20 m² frequentada por três pessoas e com uma TV e um computador, a conta será assim: 20m2 x 650 + 2.400 + 1.200 = 16.600 BTU/h.

2. Qual modelo escolher

Os mais vendidos no Brasil são os splits do tipo High Wall. Trata-se de conjuntos formados por duas partes: a condensadora, colocada na área externa da casa, e a evaporadora, alocada no ambiente que será climatizado. Esse modelo dispõe de muitos recursos tecnológicos, como conexão wi-fi, permitindo controlar o aparelho à distância via celular, e funções que tratam o ar e são capazes de remover partículas e até mesmo bactérias dos ambientes.

Caso o desejo seja refrescar vários cômodos, vale optar pelo ar-condicionado multisplit. Ele usa somente uma condensadora e apresenta todos os recursos dos splits. No entanto, caso a construção tenha restrição arquitetônica ou possua um espaço reservado na parede, convém eleger o equipamento de janela. Essa alternativa tem a vantagem de ser fácil de instalar, além do menor custo de instalação.

Outro modelo disponível nas lojas é o cassete. Ele é recomendado para quem necessita climatizar áreas maiores e deseja um item mais discreto, sem interferir na decoração do ambiente.

3. Consumo consciente

Por fim, se a ideia é usar ar-condicionado, mas você tem a preocupação de economizar energia, dê preferência aos modelos com o Selo Procel A. Eles usam uma tecnologia chamada Inverter, podendo chegar a uma economia de eletricidade de até 74% se comparado aos modelos convencionais.

O ideal é que o ar-condicionado seja pensado em parceria com intervenções arquitetônicas para o controle da insolação, resultando em maior eficiência e custo-benefício.  Brises, persianas e até circulação cruzada são recursos que podem ser usados para evitar ou reduzir o acionamento do aparelho. Segundo os fabricantes, programar o ar com a temperatura mais confortável ajuda a poupar energia. Convém deixar entre 22 e 26oC.

4. Decoração bem pensada

Se a ideia é buscar alternativas para integrar os aparelhos, uma boa dica é alocá-los em locais de menor destaque. Outra possibilidade é criar uma espécie de nicho para a evaporadora. A porta, neste caso, precisa ser vazada ou ripada a fim de permitir a passagem do ar. Há até projetos que lançam mão de envelopar a evaporadora para camuflá-la na parede.

5. Manutenção é essencial

O cuidado preventivo do ar-condicionado, além da limpeza periódica dos filtros, não faz bem apenas para a saúde do produto e dos moradores, como evita gastos futuros. Limpos com frequência, os filtros não vão acumular sujeira, o que pode obstruir a saída de ar e exigir mais energia para que ele funcione.

Fontes: arquiteto Renato Andrade, do Andrade & Mello Arquitetura, arquiteta Cris Paola, do Studio Cris Paola, e Nikolas Corbacho, da empresa Midea.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi publicado, teria que ser somado 1.200, e não 1.800, em relação aos dois eletrodomésticos da sala no cálculo de BTUs necessários.