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Papo de vagina

Esconder o capô? 8 coisas que só quem tem a "pepeca gordinha" sabe

"Capô de fusca" é alguns dos apelidos que mulheres que têm grandes lábios e montes de vênus volumosos - iStock Images
"Capô de fusca" é alguns dos apelidos que mulheres que têm grandes lábios e montes de vênus volumosos Imagem: iStock Images

Natália Eiras

Da Universa

29/11/2018 04h00

“Hamburgão”, “capô de fusca” e “pata de camelo” são apenas alguns dos apelidos que mulheres que têm os grandes lábios e o monte de vênus mais volumosos recebem. Parece apenas uma característica física, mas ela rende comentários de pessoas que vão desde namorados e familiares até pessoas desconhecidas na rua. E, por isso, as mulheres que têm a “pepeca gordinha” acabam lançando mão de truques como usar camisetas longas e esconder o "capô" com esparadrapo. A Universa perguntou e elas contam oito detalhes do dia a dia que só quem vive com esta característica sabe:

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Biquíni e leggings são um desafio

Para quem tem o monte de vênus mais alto, usar um biquíni pode ser um desafio. “A parte de baixo não para quieta”, diz Marina, de 23 anos, que não quis revelar o sobrenome. Por isso, as mulheres costumam ficar o tempo todo de canga ou shortinhos quando estão na praia. A legging de academia também é um problema. “Uso camisetas mais longas para disfarçar”, diz a engenheira Raquel Santana, de 26 anos. Short-saia também são uma boa saída para se sentir mais confortável.

Às vezes o jeito é usar cueca

Mas o sufoco no guarda-roupa não para por aí: lingerie também pode incomodar, caso você tenha a região íntima maior. “Calcinha sempre deixa ‘pepeca’ sobrando para os lados”, fala Raquel. “As com elástico machucam um pouco. Na maioria das vezes, eu opto por cueca, não a feminina, porque também parece que só foi feita para o padrão ‘sem pepeca’”.

Por isso, vestidos e saias são a salvação

Os vestidos e saias mais soltinhos não marcam a região e deixam as mulheres mais confortáveis. Inclusive, é a melhor saída para montar looks sem achar que o capô está à vista. “Eu percebi que tinha a ‘pepeca’ maior quando, em uma loja, uma vendedora falou: ‘Não prefere um vestido? Acho que fica melhor é não marca tanto’”, afirma Raquel. Mas vestidos mais apertados também podem acabar marcando a região. “Tenho um listrado que nunca mais usei por isso”, conta a operadora de caixas Gabrielle Rodrigues, de 24 anos.

Assédio na rua é comum

O cuidado para não marcar a “pepeca” gordinha é, também, para evitar constrangimentos na rua. “Tenho a impressão que está todo mundo olhando”, fala a maquiadora Thais G. de Araújo, 23. Sem falar das piadas bastante ofensivas que estas mulheres podem ouvir. “As piadinhas dos homens deixam tudo ainda mais incômodo. Fico com mais vontade ainda de esconder", narra Raquel.

Assim como apelidos “carinhosos”

Os comentários também rolam de entes queridos, como o namorado ou a companheira. “O meu namorado chama ela de ‘hamburgão’”, ri a produtora Suellem Silva, 26. “Não me incomoda ele apelidar e ficar comentando, mas não faz mudar o meu incômodo”. A dona de casa Tainah de Paula, 51, diz que, no caso dela, os “apelidinhos” foram além. “Ele disse que parecia que eu tenho um saco. Naquele momento quis evaporar”, lamenta.

Há truques elaborados para disfarçar

Usar camiseta longa e amarrar uma blusa na cintura são os truques mais comuns para tirar a atenção da região. Mas algumas mulheres vão além. “Aprendi com uma drag queen como esconder no biquíni”, ri Marina. “Você usa um emplastro sem remédio para segurar os lábios e disfarçar o ‘capozinho’”. Há, ainda, quem use absorvente deslocado para que a “pata de camelo” não fique marcada.

Tem gente que gostaria de fazer cirurgia

Suellem e Tainah são da turma de mulheres que fariam algum tipo de intervenção para diminuir a “pepeca”. “Se eu pudesse faria uma cirurgia plástica. Afeta muito a minha autoestima”, comenta Tainah. No caso de Suellem, ela faria uma lipoaspiração. “Para diminuir um pouco o monte”, fala.

Mas realmente precisa?

Porém, outras mulheres acham que não há a necessidade de elas diminuírem uma característica que é perfeitamente normal, mas a indústria da moda é que deveria se adaptar a algo que é relativamente comum. “Não ligo se reparam”, afirma Marina. “Mas gostaria que os modelos fossem pensados para esse tipo de corpo”.

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