É amigo ou puxa-saco? Psicólogo diz como resolver a dúvida de "A Fazenda"
Em conversa com Felipe Sertanejo, Evandro Santo comentou sua amizade com a apresentadora e ex-colega de trabalho Sabrina Sato. Segundo o que contou, algumas pessoas o aconselharam a "grudar" nela no período em que os dois faziam parte da equipe do programa "Pânico": tudo por causa do sucesso da moça, que ele descreve como um "fenômeno pop".
Na época, isso fez Evandro se sentir desconfortável, pois ele não queria, em suas palavras, "pegar carona" no trabalho de outra pessoa. E, apesar da receptividade de Sabrina, preferiu manter um pouco de distância, com medo de ser visto como interesseiro pelos demais.
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Não é só com os famosos
De acordo com Luiz Francisco, psicólogo, life coach e professor da FADISP, situações como essa acontecem em qualquer ambiente, não só entre as celebridades. "As relações por interesse nem sempre se desencadeiam por fatores materiais: elas podem ser motivadas por questões emocionais também", alerta.
Como exemplo, cita casos em que a pessoa demanda afeto demais, faz questão de que suas mensagens sejam respondidas na mesma hora ou exige a presença do outro independentemente das circunstâncias. "A relação acaba funcionando sob uma lógica parasita, na qual um se alimenta e o outro só fornece", explica.
Na dúvida, pergunte a alguém de fora
Pode ser difícil identificar se uma amizade é ou não movida por interesses quando se está envolvido. "A percepção fica contaminada, sofrendo com a interferência das emoções", aponta o psicólogo. Por isso, segundo o especialista, uma tática que pode funcionar é perguntar a um terceiro, de preferência alguém neutro e de sua confiança, sobre o que pensa da relação.
"Além disso também é possível fazer um exercício de observação e verificar se, nos momentos em que o quadro se inverte e em vez de oferecer algo, você pede ajuda, a pessoa age de boa vontade e sem esperar nada em troca", orienta. Com o tempo, fica mais fácil perceber esses fatores.
Abrir o jogo também é uma opção
Ainda de acordo com o especialista, uma das possibilidades para resolver a desconfiança é sentar e conversar. "O ideal é expor para o outro a insatisfação com a maneira como ele vem agindo e apontar as situações em que a desigualdade acontece", aconselha. A partir do momento em que a pessoa fica ciente dos problemas, pode olhar com mais atenção para o próprio comportamento e buscar reparar os pontos nos quais vem falhando.
Mas isso só acontece se o interesse em melhorar a amizade partir de ambas as partes. "Em geral, se a pessoa estiver se aproveitando da outra, vai reagir com agressividade ou de uma forma não-receptiva", alerta. Logo, expor os próprios sentimentos também pode ser um termômetro para saber se a amizade é mesmo verdadeira.
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