Em apps de sexo, usuários buscam muito mais do que parceiros para transar
Os aplicativos têm muitas utilidades na vida, e isso inclui melhorar o sexo e buscar parceiros. Um deles é o YSOS (apenas para Android), ligado ao site Sexlog, em que as pessoas podem buscar parceiros para realizar fetiches. "São mais de 9 milhões de usuários entre adeptos do swing e pessoas que buscam explorar a sexualidade de forma diferente", diz Mayumi Sato, 35 anos, diretora de marketing do site.
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Segundo ela, o site teve início há cerca de dez anos, junto com o sucesso do fotolog, blog em que as pessoas publicavam suas fotos. Na época, alguns casais começaram a publicar cenas íntimas, mas o moderador excluía por conta das regras do site. "No entanto, foi detectado uma boa oportunidade de negócio e houve uma readequação para liberar fotos íntimas atraindo a comunidade de swing", detalha.
"Este aplicativo é ótimo. Quando eu e meu marido decidimos fazer swing, realizamos o cadastro e foi bem mais fácil localizar pessoas interessadas. Já saímos com vários casais que conhecemos no app", diz Débora Costa*, 34 anos, assistente administrativo. Para ela, a tecnologia proporciona uma busca rápida e a visualização de fotos. "Além disso, dá para localizar pessoas em outras cidades, mesmo quando estamos viajando".
Conexão bem direcionada
Outro app nacional com objetivos semelhantes é o Pitanga Club (Android e iPhone), que também oferece oportunidade para conectar pessoas que procuram se relacionar poliamorosamente, numa relação afetiva duradoura ou uma simples fantasia.
De acordo com o CEO do Pitanga Club, Venicios Belo, o app foi lançado em 2016 para atender a demanda deste público, afinal muitos usavam aplicativos de paquera para buscar seus parceiros. "Fizemos uma pesquisa e o público confirmou que preferia um aplicativo mais específico para pessoas interessadas em poliamor", conta. Hoje, são mais de 82 mil inscritos, sendo que já foram trocadas mais de 19 milhões de mensagens e o aplicativo já teve mais de 20 milhões de buscas.
No entanto, além de aplicativos para a pessoa quer transar, existem outros com funções que prometem ajudar a quebrar rotina. Belo confirma que os apps estrangeiros estão mais avançados e oferecem uma variedade de funções.
A bióloga Luciana Alves*, 23 anos, baixou um app para buscar dicas de posições. Ela conta que era divertido experimentar as sugestões e seu parceiro também curtia. "O Kamasutra Sex Positions me ajudou a me conhecer, saber o que eu gostava e quais as posições que me davam mais prazer. Depois consegui repetir aquelas que eu já sabia que curtia, inclusive, com outros caras. Foi ótimo".
Um canal para se exibir
A profissional de marketing Maria Alice, 26 anos, conta que descobriu novas possibilidades no universo digital há três anos. "Tornei-me Cam Girl, hoje sou uma exibicionista virtual e sinto muito prazer". Casada, ela tem apoio do marido que, além de voyeur, também gosta de participar como coadjuvante nas apresentações. "Essa parceria tem nos fortalecido", revela. Ela utiliza o Cam4 e o Câmera Privê fazendo shows privados e exclusivos. "Mesmo com o trabalho, os filhos e a casa para cuidar, faço questão de dedicar algumas horas da minha semana para 'relaxar e gozar'. Fiz disso um hobby", avalia.
Nestes canais, ela consegue interagir com pessoas de várias partes do mundo e, às vezes, o marido participa de algumas cenas. "No começo, foi um pouco difícil me exibir e expor meu corpo para estranhos. Hoje, realizo esses joguinhos sexuais com mais segurança, uma brincadeira realmente estimulante", finaliza.
* Nomes trocados a pedido das entrevistadas
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