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Sexo melhora a partir do segundo casamento: mulheres contam experiências

Todas as travas do primeiro casamento vão embora no segundo -
Todas as travas do primeiro casamento vão embora no segundo

Claudia Dias

Colaboração para Universa

14/10/2018 04h00

Motivações à parte, quando um casamento acaba, parece que aquele sonho de ser feliz a dois é destruído. Mas quando surge uma segunda chance, a realidade se mostra mais amiga: a paixão explode, o amor chega com tudo e o sexo fica muito melhor!

Pelo menos é o que afirmam as mulheres que conversaram com Universa. Elas revelam como descobriram o prazer muito mais intenso a partir do segundo casamento.

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Orgasmo que nunca existiu

"Meu primeiro casamento foi aos 28. Fomos morar juntos com apenas três meses de namoro e nos casamos um ano depois. Na volta da lua de mel, descobri que estava grávida, o que foi uma surpresa. O sexo com ele era horrível, mas eu não me dava conta porque estava cegamente apaixonada e achava que aquilo era o melhor que poderia ter. Mas confesso que nunca tive um orgasmo com meu ex. Ele não se esforçava para isso e eu, tampouco. Não falávamos sobre sexo e, depois que engravidei, ele ficou ainda mais distante. Passamos sete meses sem sequer um beijo na boca. Eu cobrava isso dele, perguntava, pedia explicações, mas ele simplesmente me deixava falando sozinha… Me sentia um lixo de mulher. Minha autoestima foi pro pé, até o dia em que cansei. Nos separamos pouco mais de dois anos depois do casamento. Estou com o atual desde 2013 e neste ano resolvemos celebrar nosso amor de maneira oficial. Foram nove anos de intervalo entre um casamento e outro. A vida sexual, agora, é completamente diferente. Temos mais intimidade, conversamos sobre as coisas que nos agradam (e não agradam) e é tudo muito prazeroso. Nos 'encaixamos' melhor, sabe? Posso dizer que o melhor sexo da minha vida é com meu marido atual e acho que não poderia ser mais sortuda, porque consegui o que buscava na minha segunda tentativa", relata Letícia, auxiliar veterinária, 37 anos.

Experiências totalmente diferentes

"Minha vida sexual mudou muito porque eu era casada com um homem e agora, com uma mulher. Casei aos 18 anos, era muito inexperiente e nem sempre ficava satisfeita. Não tinha conhecimento sobre o meu corpo e não sabia como lidar. Eu sentia muita dificuldade de ter prazer com penetração; minha parada é mais clitoriana mesmo. Mas ficava feliz por satisfazer o outro. Meu marido era um fofo, só que o casamento acabou logo. Me separei com 21 anos e, aos 27, conheci minha esposa e estamos juntas há 15 anos. Nos casamos ano passado. Quando você gosta da pessoa, o sexo é bom até quando é ruim. A diferença é que, quando a gente vai amadurecendo, a aprende a gozar melhor. Nessa segunda relação, eu já sabia do que eu gostava e como fazer para ter o meu prazo. Também acho que as mulheres são mais delicadas e parceiras. Costumo dizer que fazemos amor todos os dias, já sexo é mais escasso. É muito diferente, pois não é tão carnal como com os homens", comenta Rosana, consultora, 42 anos.

Descobrindo formas de prazer

"Comecei a namorar aos 16 e me casei aos 21. Durou apenas dez meses. Na primeira vez que saí depois da separação, conheci meu atual marido. Foi empatia à primeira vista. Casamos seis meses depois - e acabamos de comemorar 30 anos juntos. O sexo foi muito diferente de um para outro. Meu primeiro marido também foi meu primeiro namorado. Com meu novo marido, mais velho e mais experiente, ficou muuuuuito melhor. O sexo foi bom logo no começo e melhorou com o tempo. Fomos conhecendo nossos corpos melhor e descobrindo maneiras de nos darmos prazer. Acho que sexo tem a ver muito com pele. Como meu primeiro marido foi meu primeiro homem, não tinha um comparativo. Foi só depois que descobri o sexo bom mesmo", afirma Teresa, artista plástica, 51 anos.

A experiência de um marido mais velho

"Meu primeiro casamento durou até os 34 anos. Acho que toda mulher chega ao seu auge aos 35. Eu estava com muita adrenalina, vontade de aventura, tesão, vontade de transar em qualquer lugar. Na fase do namoro, a gente transava bastante e, quando casou, caiu muito a qualidade. Não sei se teve a ver com o fato de ter casado ou se o trabalho estava ficando pesado e influenciando. O marido estava muito mais preocupado com o órgão dele, achando que só por ter (o pênis) já era suficiente, mas acabava sendo ruim. Quer dizer, a gente tinha tesão, vontade de transar, mas não era bom, não tinha qualidade. Depois que me separei, tive muitos casos. Conheci muitos homens, muitos corpos, vivi muitas aventuras. Aí conheci meu atual marido. Foi o melhor beijo da minha vida, a melhor transa e o melhor orgasmo que já senti. Sempre acreditei que um segundo casamento é melhor que o primeiro. Antes de casar, já tinha essa visão de que, o primeiro é expectativa de entrar numa relação por convenção ou porque já fez 30…  No segundo casamento, a gente está mais experiente, passou por muita coisa. Sempre achei que quando pelo menos um dos parceiros já está no segundo casamento, há muito mais chances de serem felizes em todos os aspectos. Eu confirmei isso. Estou superapaixonada e satisfeita há oito anos", frisa Denise, 44 anos, engenheira agrônoma.

Sem o "peso" da maternidade

"Aos 14 anos, comecei a namorar e me casei com 18. Fiquei 17 anos nessa relação, até 2003. No final de 2015, conheci a pessoa com quem casei neste ano. Não queria me relacionar com mais ninguém, mas foi aquele encontro de almas. O sexo é totalmente diferente. Quando se casa muito nova, talvez por falta de experiência, comodismo ou foco no profissional, acabamos deixando isso de lado. Já no segundo casamento, por estar com a vida pessoal e profissional estabilizadas, a gente acaba se soltando mais, se sente mais segura. O relacionamento não tem tantas cobranças. E tem a questão da maternidade ainda: ter filho é gostoso, mas atrapalha um pouco a relação do casal. No segundo casamento, não costuma acontecer isso. Meus filhos já estão grandes, a filha do meu marido também. Então a gente está tranquilo em relação a isso. Por enquanto, não tenho nada a reclamar", afirma Larissa, 40 anos, advogada. 

Os nomes das entrevistadas foram alterados para não expor os envolvidos.