"Tenho um casamento feliz de 23 anos e um amante para realizar fetiches"
Jéssica*, de 42 anos, estava casada havia 20 anos e vivia um relacionamento que, no geral, ela considerava bom. Porém, havia um problema: era frustrada no sexo. Sem intenção alguma de romper com o marido, ela decidiu procurar um amante para se satisfazer na cama. A seguir, ela conta como, há três anos, sua vida sexual mudou para melhor.
“Estou em um casamento feliz há 23 anos. Eu e meu marido somos pais de dois filhos. Ele é um marido companheiro e presente. Só não no sexo. Meu marido nunca fez sexo oral em mim, também não aceita que eu queira sexo anal. Realizar minhas fantasias, então, nem pensar.
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Eu sempre tive fetiche em transar com outras pessoas ao mesmo tempo - principalmente com dois homens. Eu fantasio com a dupla penetração. Quando contei ao meu marido, porém, ouvi que isso era coisa de gente promíscua e fiquei frustrada.
Há três anos, decidi não ficar mais insatisfeita. Lembrei de um ex-namorado da adolescência e achei que ele poderia ser a pessoa certa para realizar minha fantasia. Baixei o Tinder para localizá-lo. Só que em vez dele, encontrei outro homem.
Introdução ao sexo liberal
No começo, ele disse que era separado, mas com um pouco de conversa, revelou ser casado também. Começamos falando sobre nós, o que fazíamos, com o que trabalhávamos. Foram dois meses até nos encontrarmos e transarmos pela primeira vez.
Eu já tinha dito para ele sobre o que queria e ele me apresentou ao mundo liberal. Me falou sobre uma rede social voltada para quem quer realizar swing e troca de casais, o Sexlog. Ele já tinha o perfil lá e eu criei o meu.
Juntos, começamos a selecionar pessoas por fotos e informações que elas divulgam no perfil. De quem gostamos, pegamos o telefone e conversamos por WhatsApp, para conhecer melhor. Na própria rede social já deixamos claro que nós dois somos casados e temos um relacionamento extraconjugal.
Uma semana depois do nosso primeiro encontro, tivemos nosso primeiro ménage, com uma mulher. Eu fiquei bem nervosa na hora e precisei tomar uma bebida para relaxar. Mas quando aconteceu, gostei bastante. Era realmente o que eu queria.
Encontros quinzenais
Desde então, variamos bastante. Nesses três anos juntos, nós já transamos com mulheres e com casais. Agora estamos buscando dois homens para eu realizar meu fetiche -- ainda não encontramos. Os encontros acontecem sempre em motéis.
Tentamos nos ver de 15 em 15 dias. Às vezes acontece de ser só uma vez por mês. Também já aconteceu de ele me ligar, dizendo que encontrou uma pessoa legal e marcou de transarmos naquele mesmo dia.
Quando não encontramos ninguém para se juntar a nós nesse intervalo de tempo -- porque precisam ser pessoas confiáveis --marcamos só eu e ele mesmo. Ficamos de duas a três horas no motel, transando o tempo todo. Com ele eu me sinto livre, não sou julgada pelas minhas vontades. Posso gemer, gritar, expor todo meu prazer.
Somente sexo
Eu moro em Salvador, mas trabalho no interior. Então aproveito esse deslocamento, que já é longo, para esticar um pouco e ter meus encontros. Mantemos contato diário por mensagens e ligações. Porém, nosso acordo é sexo casual, não rola sentimento. O que temos não interfere na nossa família e nos nossos casamentos. Nos gostamos na cama, mas cada um tem sua vida.
Nunca cogitamos terminar nossos casamentos para ficarmos juntos. Eu amo meu marido.
Já aconteceu de fazermos sexo dentro do carro, o telefone tocar e ser a mulher dele ou o meu marido. Mas a gente sempre disfarça. Somente uma amiga sabe desse meu caso. Nos conhecemos ao fazermos sexo juntas. Ela está na mesma situação que eu, é casada e transa com outros por fetiche.
Não sinto culpa alguma, nunca senti. Acho que é porque me sinto mais realizada. Ele preenche o que falta no meu casamento. Não fazemos planos de quanto tempo vai durar esse caso. Por ora, estou feliz.”
*Nome alterado para preservar a identidade da entrevistada
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